CFM estuda punir médicos que aceitam brindes de laboratórios.

Recentemente houve denúncias e investigações, publicadas nos jornais sobre um esquema envolvendo médicos, representantes de laboratórios e funcionários públicos que forjava ações judiciais com o objetivo de obter do SUS medicamentos caríssimos para tratamento de psoríase.

A ANVISA e diretores de laboratórios farmacêuticos estão se reunindo para construir um protocolo que imponha limites a esse convívio, muitas vezes promíscuo, entre alguns médicos e muitos laboratórios. Será lançado um protocolo para orientação dos profissionais e dos representantes de laboratórios.

Na revisão do Código de Ética Médica discute-se a inclusão, na condição de infração ética, de um dispositivo que proíba o convívio promíscuo entre médicos e laboratórios. A proibição de brindes como viagens, participações em eventos e congressos e outros presentes e vantagens custeadas por laboratórios.

A notícia, da agência Estado, pode ser conferida em: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger256687,0.htm

quinta-feira, 9 de outubro de 2008, 08:31 | Online

Novo Código de Ética censura brindes para médicos

‘Médico tem de deixar de ser garoto-propaganda’, diz vice-presidente do CFM

AE – Agência Estado

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SÃO PAULO – A prática comum entre médicos de aceitar viagens, inscrições em congressos e brindes da indústria farmacêutica deverá ser proibida pelo novo Código de Ética Médica, previsto para entrar em vigor no próximo ano. Um grupo importante do Conselho Federal de Medicina (CFM), que agora começa a discutir o novo texto, defende que esse comportamento passe a ser considerado formalmente como infração ética. “Médico tem de deixar de ser garoto-propaganda”, afirmou o vice-presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila. “Sinto-me envergonhado com a atitude dos colegas.”

A iniciativa surge em meio à polêmica causada pelas acusações de envolvimento de médicos em um esquema que forjava ações judiciais para obrigar o Estado de São Paulo a comprar remédios de alto custo para o tratamento de psoríase – doença que provoca feridas na pele. Os médicos do esquema prescreviam medicamentos caros fornecidos por determinados laboratórios e, com a prescrição na mão, o paciente entrava na Justiça orientado por representantes dos laboratórios.

Antes mesmo de o texto entrar em vigor, uma recomendação, preparada em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes do setor farmacêutico, deverá ser concluída. A expectativa é de que seja divulgada em março. “Mas será um protocolo com sugestões. Não terá caráter punitivo”, afirmou o vice-presidente do CFM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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