INATIVOS, CONTRATADOS, MUNICIPALIZADOS NÃO RECEBERÃO PRÊMIO POR PRODUTIVIDADE DO GOVERNO AÉCIO.

UMA CRÔNICA DA PRODUTIVIDADE DO GOVERNO AÉCIO. INATIVOS, CONTRATADOS, MUNICIPALIZADOS, TODOS FORA.

Os servidores públicos estaduais da área da saúde que foram cedidos pelo Governo do Estado de Minas Gerais para atuar no SUS dos municípios, conhecidos pelo neologismo “municipalizados”, não receberão nem um centavo da produtividade atribuída à administração pública pelo governo Aécio. Embora possam ter ajudado, apenas com o seu esforço pessoal e desapego, para os propalados bons índices da saúde no Estado, terão que se contentar com os seus pífios salários no próximo contracheque.

Foi anunciado com toda a pompa e circunstância, próprias dos anúncios oficiais nesses tempos de Aécio e, obviamente, sem quaisquer restrições, que o funcionalismo público estadual de Minas seria beneficiado por um prêmio de produtividade que seria uma espécie de décimo quarto salário. Todos ficaram satisfeitos. Afinal, logo o Estado de Minas Gerais, quem diria, fazendo política de recursos humanos de gente grande, como se estivéssemos no primeiro mundo. Parecia ser uma verdadeira reviravolta na política de gestão de pessoas do serviço público estadual. Um pingo d’água no oceano de dificuldades de um país com impostos lastimavelmente altos, dívida pública gigantesca e medalha de ouro em elevação de juros.

Em princípio, confesso, não acreditei muito no que ouvia. Produtividade? Tentava e não conseguia me lembrar de nada que tinha melhorado em Minas. Vi a segurança se deteriorar, as favelas se tornando progressivamente repúblicas da criminalidade desenfreada, vi crianças aos bandos roubando e achacando pessoas na rua, vi crianças na escola comendo merenda escolar de pé, vi pessoas tendo que recorrer à Justiça para obter remédios e internações em hospitais. Vi contracheques magros e funcionários insatisfeitos. Mas eles, o povo chapa-branca, sempre aparecia com alguma estatística publicada em algum jornal de grande circulação em Minas para dizer que, de fato, os índices tinham melhorado. A produtividade então seria justa. Chapa-branca do Aécio falou, estava falado.

Depois da alegria veio a apreensão. Os inativos não seriam incluídos, porque não são produtivos. Eu não me importei, porque não era inativo. Os contratados não seriam incluídos (não sei por que razão – não produzem também? Tem culpa da precarização que o Estado adota?). Eu não me importei porque não era contratado. Agora dizem que os servidores municipalizados da saúde estarão também excluídos. Aí eu me importei e não tenho voz para gritar. O governo do ACM século XXI, o Aécio das montanhas, que governa entre uma e outra balada carioca, só tem boas notícias nos jornais. Minas Gerais tem a sua opinião pública sitiada entre as montanhas. Sem direito a nenhuma solidariedade.

Se alguém disser que o Aécio é bonzinho, é um moço de carreira brilhante, por favor discorde. Dentro das entranhas da administração pública há funcionários que conhecem o mal de perto. Um dia conheceremos o nosso limite.

(a)Secretário Geral.

Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata.

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Comentários

  • eliasppe@hotmail.com  On 15 -setembro- 2008 at 1:37 am

    para sonia

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  • eliasppe@hotmail.com  On 15 -setembro- 2008 at 1:36 am

    f

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  • eliasppe@hotmail.com  On 15 -setembro- 2008 at 1:25 am

    de elias para sonia

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  • falamedico  On 27 -agosto- 2008 at 11:54 am

    Afinal, quanto vele o médico?
    Condições precárias de trabalho, falta de equipamentos e medicação. Baixos salários e muita responsabilidade.
    O Blog Fala Médico traz uma matéria da campanha “Quanto vale o médico?
    Participe, dê sua opinião e contribua para a valorização do trabalho médico
    http://falamedico.wordpress.com/

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