Arquivo do mês: maio 2009

Médicos – a luta pela dignidade profissional desenvolve-se em várias frentes.


Domingo, 24 de Maio de 2009

CGTB solidária com médicos. Conselho de Saúde sem médicos é capenga!

A luta da classe médica pela dignidade profissional e por uma saúde pública de qualidade não se resume a questões econômicas de emprego, salário e renda e à luta por melhores condições de atendimento, em prol do trabalho decente para os médicos, com repercussões positivas sobre quem usa os serviços de saúde. Ela também tem uma frente política. A participação de representantes de entidades médicas em foruns de discussão, comissões e conselhos de saúde tem sido uma luta constantes dos representantes dos médicos, em todo território nacional. Recentemente assistimos a uma grande distorção. Nenhuma entidade médica participará do próximo Conselho Nacional de Saúde. Essa evidente aberração merece reprovação de amplos setores da sociedade civil. A CGTB, Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil, manifestou em Nota Oficial, seu apoio às entidades médicas e seu repúdio a essa grave distorção. Outros dirigentes sindicais também tem manifestado sua solidariedade e apoio à classe médica. Sem dúvida, a exclusão de entidades médicas, além de medida discriminatória, enfraquece bastante a representatividade do Conselho Nacional de Saúde diante da opinião pública e da classe médica. Ninguém, movido pelo bom senso e dotado de mediana inteligência, aceita que questões de saúde sejam discutidas sem os médicos. O médico está para a unidade de saúde como o piloto para o avião, como o motorista para o ônibus, o maquinista para o trem, o farmacêutico para a farmácia, o dentista para o seu gabinete. Formam uma unidade laborativa indissolúvel e necessária. E isso não há quem possa, de boa fé, negar. Portanto, é inadmissível um Conselho Nacional de Saúde sem médicos. Será um Conselho de saúde capenga! A nota de apoio da CGTB pode ser vista emhttp://www.scribd.com/doc/15730809/NOTA-da-CGTB-referente-a-exclusao-entidades-medicas-no-proximo-Conselho-Nacional-de-Saude-a-ser-eleito A notícia sobre a exclusão de representantes de entidades médicas no Conselho Nacional de Saúde está emhttp://portal.fenam2.org.br/portal/showData/385570

CONGRESSO DISCUTE NOVO PISO SALARIAL DOS MÉDICOS.

O site da FENAM nos informa sobre a tramitação do projeto do mínimo profissional dos Médicos. Tentativas anteriores de obter um piso salarial que dë dignidade ao exercício da Medicina, em especial no serviço público foram vetadas. Os ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso colocaram-se como inimigos da nossa categoria profissional e vetaram projetos anteriores. Agora trabalha-se na reforma da Lei 3.999, que foi assinada em 1961 pelo Presidente João Goulart e estabeleceu a carga horária especial e o mínimo profissional dos médicos. A carga horária especial é reconhecida pelos empregadores privados e públicos, nas esferas federal, estadual e municipal. A Prefeitura de Juiz de Fora é a única que mantém ignoräncia da carga horária especial dos médicos, insistindo em AFRONTAR a Lei Federal, acórdãos do STF e o entendimento dos demais entes públicos. Isso tornou-se motivo de ação judicial movida pelo Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da campanha salarial dos médicos esse ano, onde tornou-se a questão central. A matéria do site da FENAM sobre a tramitação do novo mínimo profissional dos médicos está na página e é ilustrada por um vídeo, com declarações de dirigentes sindicais dos médicos e de congressistas. Ela pode ser vista na páginahttp://webtv.fenam2.org.br/tv/showData/385552 "A votação do PL 3.734/08 que define o salário mínimo profissional dos médicos e cirurgiões dentistas foi adiada para a próxima semana. O PL, que estava incluído na pauta de votação da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da última quarta feira (20/05) foi adiado devido ao pedido de vista da deputada federal Gorete Pereira (PR/CE)."

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Del.icio.us : , , , , , , , , , , , , , , , , ,

MÉDICOS DEVEM RECHAÇAR O ACHINCALHE

De: Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora.
Data: 22 de maio de 2009.

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AOS MÉDICOS DA PJF, PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE.
ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!

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<i>MÉDICOS DA PREFEITURA TEM QUE DAR UM BASTA AO ACHINCALHE!

DECLARAÇÃO DE CORTE DE PONTO É A DECLARAÇÃO DE INIMIZADE ENTRE A ADMINISTRAÇÃO DE CUSTÓDIO DE MATOS E OS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. É INJUSTIFICADA A IGNORÂNCIA DO SECRETÁRIO VÍTOR VALVERDE SOBRE A CARGA HORÁRIA ESPECIAL DOS MÉDICOS. Ignorar a Lei não é argumento válido..

Como é do conhecimento público os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora realizarão uma paralisação nos dias 26, 27 e 28 de maio de 2009 (terça e quarta e quinta-feira). Na quarta-feira, dia 28 de maio, às 10 (dez) horas da manhã haverá nova Assembléia na Sociedade de Medicina e Cirurgia. Essa Assembléia terá convocação especial, por edital, porque terá a prerrogativa de decretar greve dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora.
O Sindicato dos Médicos já expediu convites a todos os vereadores, em especial os vereadores médicos e os que integram a Comissão de Saúde da Câmara, para que compareçam à nossa próxima Assembléia. Aguardaremos as presenças.
O nosso movimento uniu as entidades médicas, tendo tido participação em nossas Assembléias do presidente da Sociedade de Medicina, Dr. Jairo Silvério, e do representante do CRMMG, Dr. José Nalon. Égrande o apoio e solidariedade que estamos recebendo da sociedade civil, da opinião pública e também apoio político ao nosso movimento. Muitos médicos tem sido ativos em esclarecer a amigos, colegas de trabalho, pacientes, familiares sobre as razões do nosso movimento. Estamos plenamente justificados. A visibilidade pública do nosso movimento é muito grande. Diante de nós, atéagora, a administração municipal tem mostrado uma intransigência constrangedora.
O Sindicato dos Médicos reitera a todos os profissionais a importância da presença na Assembléia. Solicita a todos os médicos que sejam agentes de mobilização e divulgação de nossa luta.
A administração Custódio de Matos, pela voz do Secretário de Administração, ameaça os médicos com cortes nos salários ruins que pagam. Isso demonstra o seu desrespeito pelas nossas reivindicações e a disposição para o confronto.
Orientamos a todos os médicos que não compareçam a seus locais de trabalho - unidades básicas de saúde e serviços de atenção secundária (PAM's, Institutos, Departamentos, Caps, ambulatórios e outros) nos dias de paralisação.

ESCLARECEMOS QUE PARALISAÇÃO NÃO É FALTA.
SOLICITAMOS DIVULGAR ESSE DOCUMENTO.
ESSA COMUNICAÇÃO PODE SER IMPRESSA, DISTRIBUIDA OU AFIXADA EM LUGARES PÚBLICOS.

Comissão do Senado acolhe crítica da Associação Brasileira de Psiquiatria sobre política de saúde mental

Comissão do Senado acolhe crítica da ABP sobre política de saúde mental

A Associação Brasileira de Psiquiatria participou, na tarde do dia 19 de maio, de uma audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado sobre a reforma da assistência em saúde mental no Brasil. A atividade, organizada em parceria com a Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, deu início a um ciclo de debates sobre o assunto.

Segundo o presidente da ABP, João Alberto Carvalho, as discussões podem ter repercussão positiva. O incentivo à discussão técnica entre a entidade que representa a psiquiatria brasileira e o poder público pode induzir uma melhor condução das políticas de saúde mental, avaliou.

Para o vice-presidente da Associação, Luiz Alberto Hetem, a participação também é positiva do ponto de vista estratégico. O acompanhamento e o trabalho de aproximação com os parlamentares éimportante para conscientizar os representantes eleitos pela população sobre a importância de considerar questões técnicas na área de saúde mental.

Na audiência convocada pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM – RN), presidente da CAS, o 2º tesoureiro da Associação Brasileira de Psiquiatria, Helio Lauar, falou em nome da diretoria da ABP. Após citar as novas tendências da política de saúde mental internacional, baseado nos documentos propostos pela OMS, ele avaliou as diretrizes nacionais na área. O especialista apresentou as seguintes conclusões sobre a política de saúde mental no Brasil:

1 – Atende em linhas gerais e formalmente aos documentos internacionais;

2 – Está regida pela Lei 10.216 de 06 de abril de 2001, mas se norteia através de diretrizes e portarias ministeriais que atendem às premissas do Projeto de Lei Paulo Delgado;

3 – Está organizada como um projeto psicossocial, que tende regularmente a excluir o discurso médico culpabilizando-o pelos desacertos da política anterior, em vez de trabalhar pela inclusão deste discurso num contexto de saúde integral;

4 – Não está constituída (depois de 20 anos de implantação) ainda por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atenção médica e psicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais;

6 – Adota proposta de um critério populacional para implantação de serviços, mas o articula à demanda dos municípios para implantação dos serviços de saúde mental, e o fator ideologiza o parâmetro técnico de planejamento;

7 – Propõe o fechamento de leitos para internação psiquiátrica e não considera as necessidades clínicas e suas medidas de gravidade e ou complexidade, e insuficiência de CAPS I, II, III, CAPSad e CAPSI sob o ponto de vista de proporcionalidade populacional;

8 – Tem a intenção doutrinária de fechar hospitais psiquiátricos, considerados genericamente asilares, e se recusa a considerar as refratariedades terapêuticas, falta de insumos disponíveis, e insuficiência de rede de suporte social, entre outros, culpando a instituição e não a política assistencial pelo insucesso terapêutico;

9 – Deve admitir que não existem leitos psiquiátricos suficientes e disponíveis em hospitais gerais, serviços hospitalares de referência (como está previsto para dependentes de álcool e outras drogas) e que o novo sistema tende a afirmar equivocadamente que as internações psiquiátricas não são necessárias para outros transtornos, uma vez que não prevê claramente lugar para elas;

10 – Não implementou ações de saúde mental na atenção básica e não existem políticas que incentivam a fixação de profissionais de saúde mental em áreas e ou regiões mais necessitadas;

11 – Não implantou os CAPS de forma a atenderem as demandas populacionais nem nos grandes centros e nas regiões mais desenvolvidas e ricas do país;

12 – Não previu a implantação dos ambulatórios preconizados pelo planejamento e ainda tenta impedir que os mesmos sejam criados, valorizando unicamente os CAPS. Deve admitir ainda que quando este ambulatórios existem, mesmo que para ensino ou pesquisa, são constantemente limitados pelos gestores, não entram na lógica de regulação dos CAPS e não possuem agendamento e fluxo como os demais serviços do SUS;

13 – Usa de estratégias psicossociais para produzir um borramento às diferenças clínicas necessárias na abordagem dos Transtornos Mentais e suas características biológicas se negando a criar programas e protocolos para abordagem e tratamentos diferenciados dos vários transtornos mentais e em atenção a sua especificidade;

14 – Não adota programas terapêuticos especiais para tratar a dependência química, bem como outros transtornos que exigem protocolos e/ou programas especiais (ex: retardo mental, autismo, transtornos alimentares, transtornos anti-sociais, transtornos sexuais, tratamentos compulsórios, etc)

15 – Não implantou de modo suficiente programas psiquiátricos para populações especiais (infância e adolescência, índios, DST/AIDS, população carcerária, idosos, população de rua, vítimas de catástrofes, etc);

16 – Não definiu de modo consequente critérios para alto-custo para regular em atenção às novidades técnicas e tecnológicas o uso de medicações especiais, bem como avaliações complementares laboratoriais, genéticas, ou de imagem (TC, RM, RMF, SPECT, PET, EEG, e outras), avaliações neuropsicológicas e, nem mesmo, tratamentos biológicos (ECT, ETC);

17 – Não incentivou suficientemente a criação e implantação dos programas de reabilitação, que quando existem, privilegiam centros de convivência e estimulação para produção de artesanato, sem construir oficinas protegidas e cooperativas de trabalho, estruturas necessárias e preparadas para competir no mercado formal com trabalho e economia solidários;

18 – Não implantou em numero suficiente os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) para abrigar pacientes que perderam vínculos sociais, ou mesmo para funcionar como retaguarda no acolhimento de pacientes em tratamento que necessitam de afastamento temporário dos vínculos familiares;

19 – Não previu valores insuficientes para custear a efetiva volta para casa, ou mesmo o custeio da autonomia nos Programas de Volta para Casa, que pagam apenas 240 reais/mês a título de bolsa de pagamento;

20 – Não tem se manifestado junto ao Ministério Público no sentido de prestar assessoria ao referido órgão, com a finalidade de impedir a crescente judicialização da assistência e a freqüente confusão entre direitos de cidadania e indicações terapêuticas em psiquiatria, dificultando sobremodo o trabalho do especialista.

Ministério da Saúde
Diante dos questionamentos da ABP, o coordenador de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Godinho Delgado, historicizou a implantação da atual Política de Saúde Mental do Brasil, recortando quatro períodos distintos na sua implantação:

1 – O primeiro período demarcado como antes de 1987, em que os asilos do MS e clínicas do Inamps abrigavam cerca de 95% dos gastos com Saúde Mental no Brasil;

2 – O segundo período, que se estende de 1987 a 1992, quando a Criação do SUS criou na esfera pública as primeiras experiências de atenção em saúde mental com caráter extra-hospitalar;

3 – O terceiro período, que se estende de 1992 a 2001, quando a reforma da assistência se institucionaliza, produzindo o fechamento de instituições insalubres e criando as primeiras normas de atenção psicossocial em atenção às recomendações da II Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM);

4 – O quarto período, que se estende de 1992 até a atualidade, se baseia na implantação de recomendações da Lei 10.216, já em atenção à III CNSM, operacionalizando a efetiva mudança do modelo assistencial e a ampliação do acesso público ao sistema.

Em seguida passou a enumerar, na sua perspectiva, os problemas da política de saúde mental no Brasil, afirmando a necessidade de:

1- Ampliação e qualificação de leitos em hospitais gerais (vale anotar que o MS concorda e com as críticas recentes que a ABP fez sobre a questão, mas diz que jáesta trabalhando no sentido de reparar este problema, inclusive com a participação da entidade uma vez que está realizando um Grupo de Trabalho sobre Hospitais Gerais, com vistas a instalar 3.200 leitos em HG, qualificados e articulados aos CAPS, ao sistema urgência/emergência e à atenção básica, e que para isso deverá ainda viabilizar o projeto orçamentariamente. Afirmou publicamente que a adoção do parâmetro 0,45 leitos/1.000 habitantes, de 2002, para psiquiatria proposto pela ABP não produziu acordo, uma vez que este parâmetro é um resíduo do ordenamento anterior à lei 10.216, e não se aplica mais, uma vez que foi substituído em 2006 (Diretrizes da PPI, Portaria GM), e se fosse adotado, o Brasil voltaria a ter 87.000 leitos em hospitais psiquiátricos, retornando ao statu quo ante, do início dos anos 90, E CONTRARIANDO A LEI 10.216. Afirma que isso seria a restauração integral do modelo hospitalocêntrico, e o fim da Reforma).

2 – Consolidação da Saúde Mental na atenção básica

3 – Ampliação e qualificação da rede CAPS (CAPS III, CAPSad e CAPSi) nas grandes cidades

4 – Melhoria da articulação urgência-emergência/regulação de leitos em alguns municípios de grande porte

5 – Ampliação do cuidado intersetorial para problemas associados ao consumo nocivo de Álcool e outras Drogas (ex.: crack)

6 – Financiamento

Conclusão técnica
Após essas considerações, o representante da ABP, com o intuito técnico e político de apontar na política assistencial pontos de estrangulamento e de conflito que atualmente impedem os avanços de uma assistência universal, pública e territorializada, resumiu o problema a partir de três pontos principais:

1 – Problemas legislativos: apontou a sombra ideológica que o Projeto de Lei Paulo Delgado faz na Lei 10.216, principalmente das diretrizes e portarias ministeriais;

2 – Problemas de inclusão discursiva: apontou a importância do trabalho multidisciplinar e psicossocial e reclamou imediata inclusão e respeito ao discurso psiquiátrico, bem como das suas especificidades biológicas, afirmando que não existe saúde mental sem psiquiatria e que os psiquiatras não se prestam a ser herdeiros da exclusão social;

3 – Problemas de regulação: apontou as inúmeras dificuldades do sistema de saúde mental e cobrou aumento de financiamento para saúde mental, ampliação da atenção básica, ampliação da rede psicossocial e de suporte social para moradia, transporte e trabalho, implantação de leitos nos CAPS, hospitais gerais, criação de unidades especializadas de pequeno porte para internação, atenção para a urgência, alto custo, incluído medicação, exames complementares e ECT.

Ao expor suas ideias solicitou aos senhores senadores que os assuntos pudessem ser tratados com maior profundidade e foco em sessões posteriores, especialmente convocadas para este fim. A solicitação foi prontamente acolhida pelos demais expositores, pelo representante do Ministério da Saúde e pela Comissão de Assuntos Sociais, que continuará conduzindo o ciclo de debates.

data 21 de maio de 2009 16:17
assunto Comissão do Senado acolhe crítica da ABP sobre pol
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Deputados pedem vistas do mínimo profissional dos médicos e Prefeitura de Juiz de Fora ainda não cumpre Lei que existe desde 1961

TELEGRAMA SINDICAL 21-5-09

*** Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais ***

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A crise na Saúde em Juiz de Fora agrava-se. A péssima remuneração dos médicos exerce um efeito negativo sobre o funcionamento do SUS na cidade. Alia-se às péssimas condições que o empregador tem oferecido para o atendimento aos pacientes. A idéia de desistir de um emprego público é corrente entre os jovens profissionais da cidade. Alguns ainda insistem em lutar, em participar do movimento médico, por enxergar nessa participação uma forma de defender o sistema público de saúde. Não é com a inauguração de belos prédios que os políticos que são agora hóspedes do poder vão melhorar a situação. Os médicos do SUS em Juiz de Fora tem realizado paralisações e assembléias com grande adesão de profissionais da Medicina que militam na área pública. O que se aguarda é que a administração Custódio de Matos dê aos profissionais um tratamento respeitoso e honrado. E, sobretudo, que cumpra a Lei. As reivindicações da classe médica diante da administração municipal estão amplamente justificadas.

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Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

Deputados pedem vistas do mínimo profissional dos médicos e Prefeitura de Juiz de Fora ainda não cumpre Lei que existe desde 1961.

21 de maio de 2009. Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata. Assunto: Salário Mínimo Profissional dos Médicos.

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<div align=”center”>DEPUTADOS PEDEM VISTAS DE PROJETO DO NOVO MÍNIMO PROFISSIONAL DOS MÉDICOS, ENQUANTO PREFEITURA DE JUIZ DE FORA RESISTE A OBEDECER A LEI E RECONHECER A CARGA HORÁRIA ESPECIAL DOS MÉDICOS QUE RECEBEM SALÁRIOS PÉSSIMOS.
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O Telegrama Sindical recebeu um informe da Câmara dos Deputados sobre o andamento do novo salário mínimo profissional dos médicos. Solicitamos atenção aos nomes dos deputados que pediram vistas do Projeto. É bom que os médicos enviem e-mails para eles para reforçar a necessidade de um padrão salarial digno, compatível com a formação longa, esforçada e cara dos profissionais da Medicina, com a elevada responsabilidade profissional do médico, com o estresse elevado do trabalho e com a nobreza de lidar com vidas humanas, além de trabalharem os médicos em serviços que a legislação considera como essenciais. Não custa nada lembrar isso aos nobres deputados. Segundo solicitação, informamos que as proposições abaixo sofreram movimentação. PL 3734/2008 – Altera a lei n.º 3.999, de 15 de dezembro de 1961, que altera o salário-mínimo dos médicos e cirurgiões-dentistas. – 20/05/2009 Vista conjunta aos Deputados Efraim Filho, Gorete Pereira, Marcio Junqueira e Paulo Pereira da Silva. Atenciosamente, Câmara dos Deputados P.S. – Enquanto isso a Prefeitura de Juiz de Fora insiste em não respeitar a Lei 3999/1961. Em Juiz de Fora a Lei já foi reformada pela Prefeitura, que insiste em pagar menos ao médico porque ele tem carga horária especial. (O argumento do Sr. Vitor Valverde, Secretário de Administração e Recursos Humanos de Custódio de Matos é o mesmo de quem ignora a existência da Lei 3999/1961 – Se médico trabalha quatro horas não pode ganhar o mesmo que quem trabalha oito! Ou seja, desde a primeira administração de Tarcísio Delgado, a Prefeitura de Juiz de Fora mandou a Lei às favas. Agora o Sindicato exige que ela seja respeitada. Além de fazer Justiça, é uma forma de dar aos médicos mais dignidade, haja vista que seus salários hoje são aviltantes. Diz a Lei 3999/1961 Diz o Art. 8º A duração normal do trabalho, salvo acordo escrito que não fira de modo algum o disposto no artigo 12, será: a) para médicos, no mínimo de duas horas e no máximo de quatro horas diárias;

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Marcadores: Congresso Nacional, Custódio de Matos, emprego, Juiz de Fora, Medicina, médico,PSDB, PSF, renda, salário, saúde pública, sindicato dos médicos, SUS
Quarta-feira, 20 de Maio de 2009

JUIZ DE FORA:MÉDICOS DA PREFEITURA APROVAM INDICATIVO DE GREVE.

14 de maio de 2009.
De :Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais.

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MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA FAZEM PARALISAÇÃO VITORIOSA. ASSEMBLÉIA REPRESENTATIVA CONVOCA NOVA PARALISAÇÃO E APROVA INDICATIVO DE GREVE.

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No dia 20 de maio, os médicos da Prefeitura iniciaram uma paralisação vitoriosa de 48 horas contra a discriminação salarial e a precarização do trabalho médico. Foi também realizada uma concorrida e representativa Assembléia.
Médicos da Prefeitura reagem aos salários vis, inferiores a três salários mínimos, e à discriminação salarial que decorre do não reconhecimento da jornada especial de trabalho pela Prefeitura. Exigem que a Prefeitura cumpra a Lei. A precarização do trabalho dos médicos do PSF também foi repudiada pela Assembléia dos médicos. Essa luta vai continuar.
A Assembléia decidiu reivindicar que a administração CUstódio de Matos reconheça os processos de seleção pública realizados pela Prefeitura e no interesse da Prefeitura.
A Assembléia decidiu não abrir mão da luta contra a discriminação salarial (25% a menos de salário para os médicos). Manteve levantada a bandeira da EQUIPARAÇÃO JÁ!
A Assembléia decidiu convidar os vereadores a participarem da próxima Assembléia.
Diante da aprovação do indicativo de greve, a próxima Assembléia será Extraordinária e convocada por Edital específico.
O Sindicato dos Médicos saúda a adesão dos odontólogos ao movimento.
Os professores da Prefeitura também continuam em greve.
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Domingo, 17 de Maio de 2009

DIRIGENTE DO SINDICATO DENUNCIA PRECARIEDADE NO HPS

Data:17 de maio de 2008.
De : Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora

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No jornal TRIBUNA DE MINAS de sábado, 16 de maio, foi publicada matéria sobre um termo de ajuste de conduta assinado entre Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde para corrigir deficiências e distorçõe no funcionamento do HPS. Como a matéria não fez referência ao problema mais importante, que é a falta de médicos, Em carta enviada ao mesmo jornal, o Diretor Clínico do HPS aponta a gravidade dessa deficiência e cita suas causas. Leia.
—–Mensagem original—–
Assunto: HPS
Data: Sáb 16 Mai 2009 12:08
Tamanho: 1K
Para: leitores@tribunademinas.com.br
Matéria publicada pela Tribuna de Minas nos informa sobre um termo de ajuste de conduta entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria Municipal de Saúde que tem por objetivo corrigir irregularidades encontradas no HPS, que comprometem as condições de atendimento. Contudo, na leitura da matéria, faltou qualquer referência ao mais grave dos problemas, que é a carência de médicos no serviço. Em decorrência disso existem escalas incompletas de plantão, profissionais há vários anos sem o gozo das férias regulamentares e desativação ou funcionamento parcial de serviços importantes como Neurocirurgia, Infectologia e Urologia. A causa evidente disso é a péssima remuneração reservada aos médicos pela Prefeitura de Juiz de Fora. Ela não atrai e nem fixa profissinais e causa desistências. O vencimento básico inicial de um médico da Prefeitura é inferior a três salários mínimos. A Prefeitura, por não cumprir a Lei que determina carga horária especial para os profissionais (Lei Federal 3999/1961) paga a um médico menos do que os demais profissionais do nível superior. A persistência dessa política, sem dúvida, põe em risco o funcionamento do SUS em Juiz de Fora, mesmo de serviços essenciais. A falta de profissionais médicos em um serviço como o HPS coloca em risco os profissionais que lá trabalham e as pessoas que necessitam de tratamentos. Compete à administração municipal, com inteira responsabilidade, resolver esse problema.
Atenciosamente,
Geraldo Sette

Diretor Clínico do HPS.

Postado por Secretaria Geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais às 12:53 0 comentários

Quarta-feira, 20 de Maio de 2009
JUIZ DE FORA: INDICATIVO DE GREVE DOS MÉDICOS DA PREFEITURA.

14 de maio de 2009.
De :Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais.
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MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA FAZEM PARALISAÇÃO VITORIOSA. ASSEMBLÉIA REPRESENTATIVA CONVOCA NOVA PARALISAÇÃO E APROVA INDICATIVO DE GREVE.
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No dia 20 de maio, os médicos da Prefeitura iniciaram uma paralisação vitoriosa de 48 horas contra a discriminação salarial e a precarização do trabalho médico. Foi também realizada uma concorrida e representativa Assembléia.
Médicos da Prefeitura reagem aos salários vis, inferiores a três salários mínimos, e à discriminação salarial que decorre do não reconhecimento da jornada especial de trabalho pela Prefeitura. Exigem que a Prefeitura cumpra a Lei. A precarização do trabalho dos médicos do PSF também foi repudiada pela Assembléia dos médicos. Essa luta vai continuar.
A Assembléia decidiu reivindicar que a administração CUstódio de Matos reconheça os processos de seleção pública realizados pela Prefeitura e no interesse da Prefeitura.
A Assembléia decidiu não abrir mão da luta contra a discriminação salarial (25% a menos de salário para os médicos). Manteve levantada a bandeira da EQUIPARAÇÃO JÁ!
A Assembléia decidiu convidar os vereadores a participarem da próxima Assembléia.
Diante da aprovação do indicativo de greve, a próxima Assembléia será Extraordinária e convocada por Edital específico.
O Sindicato dos Médicos saúda a adesão dos odontólogos ao movimento.
Os professores da Prefeitura também continuam em greve.Postado por Secretaria Geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais às 22:46 0 comentários Links para esta postagem

Domingo, 17 de Maio de 2009
SINDICATO HPS

Data:17 de maio de 2008.
De : Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
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No jornal TRIBUNA DE MINAS de sábado, 16 de maio, foi publicada matéria sobre um termo de ajuste de conduta assinado entre Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde para corrigir deficiências e distorçõe no funcionamento do HPS. Como a matéria não fez referência ao problema mais importante, que é a falta de médicos, Em carta enviada ao mesmo jornal, o Diretor Clínico do HPS aponta a gravidade dessa deficiência e cita suas causas. Leia.
-----Mensagem original-----
Assunto: HPS
Data: Sáb 16 Mai 2009 12:08
Tamanho: 1K
Para: leitores@tribunademinas.com.br

Matéria publicada pela Tribuna de Minas nos informa sobre um termo de ajuste de conduta entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria Municipal de Saúde que tem por objetivo corrigir irregularidades encontradas no HPS, que comprometem as condições de atendimento. Contudo, na leitura da matéria, faltou qualquer referência ao mais grave dos problemas, que é a carência de médicos no serviço. Em decorrência disso existem escalas incompletas de plantão, profissionais há vários anos sem o gozo das férias regulamentares e desativação ou funcionamento parcial de serviços importantes como Neurocirurgia, Infectologia e Urologia. A causa evidente disso é a péssima remuneração reservada aos médicos pela Prefeitura de Juiz de Fora. Ela não atrai e nem fixa profissinais e causa desistências. O vencimento básico inicial de um médico da Prefeitura é inferior a três salários mínimos. A Prefeitura, por não cumprir a Lei que determina carga horária especial para os profissionais (Lei Federal 3999/1961) paga a um médico menos do que os demais profissionais do nível superior. A persistência dessa política, sem dúvida, põe em risco o funcionamento do SUS em Juiz de Fora, mesmo de serviços essenciais. A falta de profissionais médicos em um serviço como o HPS coloca em risco os profissionais que lá trabalham e as pessoas que necessitam de tratamentos. Compete à administração municipal, com inteira responsabilidade, resolver esse problema.
Atenciosamente,
Geraldo Sette

Salário mínimo profissional dos médicos será votado dia 20 de maio na Comissão de Trabalho da Câmara.

Salário mínimo profissional do médico será votado dia 20 pela Comissão de Trabalho

Maio 8, 2009 por falamedico

Fonte: CFM com alterações

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público vota, no próximo dia 20, quarta feira, o Projeto de Lei 3.734/2008, que altera o salário mínimo profissional dos médicos. A reunião acontece no plenário 12, anexo II, da Câmara dos Deputados, às 9h30.

A proposição, de autoria do deputado Ribamar Alves (PSB-MA), prevê mudanças na lei 3.999, de 1961, que altera o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. O texto sugere que seja modificada a redação da lei que determina o cumprimento de 2h a 4h diárias, passando a estabelecer o período de 20h semanais, como já consagrado hoje pelos médicos.

Durante a sessão, será lido o relatório do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que propõe ainda outras alterações. A principal mudança será no valor do piso salarial estipulado pelo projeto em R$ 7 mil. A Lei nº 3.999 previa que o salário mínimo dos médicos fosse três vezes o salário mínimo em vigor no país, o que, atualmente, corresponderia a um vencimento de R$ 1.245,00. De acordo com o projeto original, o reajuste seria baseado no salário mínimo. Agora, com as alterações propostas por Nazif, o reajuste terá como base o INPC.

A notícia está no blog Fala Médico, da assessoria de Imprensa da FENAM e pode ser conferida na página http://falamedico.wordpress.com/2009/05/08/salario-minimo-profissional-do-medico-sera-votado-dia-2005/

PRESIDENTE DA FENAM VAI AO CONGRESSO NACIONAL PARA LUTAR CONTRA PRECARIZAÇÃO.

O Presidente da Fenam foi na Câmara dos Deputados discutir a precarização do trabalho médico. A forma como instituições pública e Prefeitura têm precarizado o trabalho médico, por meio de contratação precária, não reconhecimento de carga horária, falta de salários decentes e outras práticas que ferem a moralidade pública e a legalidade tem sido um grande obstáculo para o fortalecimento do SUS. O Presidente da Fenam discute projetos de lei que podem reverter essa situação e fortalecer o exercício da Medicina dentro do serviço público. Transcrevemos a matéria abaixo. Ela foi originalmente publicada na página http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/385512

Presidente da FENAM debate precarização do trabalho médico na Câmara dos Deputados

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15/05/2009
O presidente da FENAM, Paulo de Argollo Mendes, compôs a mesa de debates durante a audiência pública sobre a precarização do trabalho médico realizada na última quinta-feira (14/05), na Câmara dos Deputados. Como solicitado pelo presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed-BA), José Caires, o deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) promoveu a audiência por entender que o cenário brasileiro é desfavorável a categoria e isso se reflete na sociedade por meio da baixa qualidade do atendimento prestado aos usuários da saúde.

“Nem sempre o médico é utilizado de forma adequada na relação de trabalho e o que prevalece é uma precarização e uma multiplicidade de contratos: contrato temporário, terceirizado, cooperativas, tudo isso pode estar produzindo interesses econômicos e menosprezando os interesses sociais, que é o objetivo central da medicina e da saúde”, apontou o deputado e ressaltou que o primeiro passo para corrigir estas irregularidades é ouvir os setores diretamente interessados, como os médicos e a sociedade.

De acordo com o presidente da FENAM, os médicos enfrentam diversas irregularidades nas contratações. “Nós temos um pouco de tudo, uma situação absolutamente precária que cedo ou tarde teria que ser enfrentada. Nós confiamos no parlamento e acreditamos que vamos contar com eles para garantir os direitos do médico que, na situação de trabalhador, tem que ter acesso a legislação trabalhista,” afirmou.

“Infelizmente o poder público não tem reconhecido a importância do médico enquanto agente responsável pela garantia à saúde da população, então o que se vê é a precarização do trabalho médico, a falta de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos e a não consideração de que a carreia de médico é uma carreira de Estado”, acrescentou o diretor de saúde suplementar da FENAM e presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná (Sindimepar) Mario Ferrari, também presente na audiência.

A FENAM, junto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e outros representantes da categoria médica apresentaram diversas medidas para erradicar o problema. Entre elas o vínculo no setor público por meio de concurso, uma carreira de estado para os médicos, a adoção do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), a regularização do salário mínimo profissional do médico, proposto pela FENAM no valor de 7 mil reais por 20 horas semanais e a aprovação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) no SUS.

“Estas propostas criam condições para que o profissional possa se vincular e se sentir satisfeito com a perspectiva de fazer da carreira médica um grande instrumento de cidadania”, apontou o vice-presidente da FENAM, Eduardo Santana.

A mesa foi composta pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA); Henrique Antunes Vitalino (Ministério da Saúde); Daniel Matos (Ministério do Trabalho) Geraldo Guedes (CFM); Paulo de Argollo Mendes, (FENAM); José Caíres (Sindmed-BA).

PREFEITURA DE JUIZ DE FORA – MÉDICOS FAZEM PARALISAÇÃO POR JUSTIÇA!

Data: 15 de maio de 2009.
De : Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata.


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AOS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA:
A NOSSA TAREFA AGORA É PREPARAR A PARALISAÇÃO DOS DIAS 20 E 21 DE MAIO E MOBILIZAR PARA A ASSEMBLÉIA DO DIA 20 DE MAIO, ÀS 10 HORAS NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA.

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Desta vez o movimento dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora conseguiu um feito inédito. Uniu, além da representação classista dos médicos ( o Sindicato), o CRM, representado por seu delegado, e a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, representada por seu presidente. Todos estavam na mesa da Assembléia. Isso, por si só, foi mais uma vitória do movimento.

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O movimento médico no SUS de Juiz de Fora tem como principal objetivo o resgate da dignidade e do respeito ao trabalho médico. Esses elementos acham-se perdidos pelas condições deterioradas de atendimento à população, pela falta de ambientes decentes de trabalho em todos os locais de atendimento à população, pela sistemática falta de insumos, medicamentos, materiais, mobiliário, equipamentos, necessários ao bom desempenho da profissão e ao exercício ético da Medicina. Sabemos que se a Vigilância Sanitária e o Ministério do Trabalho cumprissem o seu dever nas nossas unidades de saúde, muitos consultórios e salas usados para o atendimento seriam interditadas. Em muitas faltam condições mínimas de circulação, de iluminação, de aeração. O mobiliário não é ergonômico e expõe o médico a desconforto, dificuldades e, a longo prazo a lesões. E, para coroar toda essa deficiência temos ainda um salário péssimo, que está no ranking dos piores do Brasil, inferior ao mínimo profissional defendido na Lei Federal 3999 de 1961. A Prefeitura ainda desrespeita a Lei, pratica discriminação salarial contra os médicos pagando-lhes 25% a menos que o nível superior. Nesse exato momento, reagir a toda essa injustiça contra o médico e contra o usuário do SUS está em nossas mãos.
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A despeito dessa situação, alguns colegas temem medidas de retaliação por parte de chefes de certas unidades. Lembramos que o nosso movimento está amplamente justificado. Nós queremos justiça. Temos a presença do CRM e da Sociedade de Medicina no nosso movimento. Portanto, todas as manobras para cercear ou desqualificar o nosso movimento devem ser denunciadas à própria Assembléia ou à Diretoria do Sindicato ou ao departamento jurídico. As nossas reivindicações são justas e não podemos ceder diante de ameaças que nos desrespeitam enquanto pessoas e profissionais e que tentam desqualificar as nossas reivindicações. Não consideramos que contribui para a moralidade no trato da coisa pública e nem para a construção e fortalecimento do SUS, a reiterada negativa da administração de Custódio de Matos (PSDB) em fazer uma contraproposta decente e consistente aos médicos da Prefeitura. Não é justo alegar desfalques de outras administrações ou crise financeira do capitalismo mundial como pretexto para não se fazer JUSTIÇA aos profissionais da Medicina no serviço público e a toda a população usuária de serviços públicos de saúde.

Todos à paralisação! Todos à Assembléia! Justiça! Equiparação já!

JUIZ DE FORA: MÉDICOS DA PREFEITURA EXIGEM DIGNIDADE E RESPEITO.

JUIZ DE FORA: MÉDICOS VÃO PARAR EM DEFESA DO SUS E DA CATEGORIA.
Data:14 de maio de 2009.
De :Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata

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JUIZ DE FORA: SALÁRIOS DOS MÉDICOS DA PREFEITURA NO RANKING DOS PIORES DO PAÍS. CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO DETERIORADAS. A ADMINISTRAÇÃO CUSTÓDIO DE MATOS TEM RESPONSABILIDADE COM OS MÉDICOS E COM OS PACIENTES QUE RECORREM AO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE (SUS). TEM QUE CONSTRUIR UMA POLÍTICA SÉRIA, DECENTE, CONSEQUENTE, DE RECURSOS HUMANOS PARA A SAÚDE E TEM QUE MELHORAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO E GARANTIR O ABASTECIMENTO DAS UNIDADES DE SAÚDE.

O SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA CONVOCA TODOS OS PROFISSIONAIS DA MEDICINA QUE ATUAM NO MUNICÍPIO PARA A PARALISAÇÃO NOS DIAS 20 E 21 DE MAIO DE 2009 E PARA A ASSEMBLÉIA NO DIA 20 DE MAIO, QUARTA-FEIRA, NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA.
-OS MÉDICOS NÃO DEVEM COMPARECER NOS DIAS 20 E 21 DE MAIO DE 2009, QUARTA E QUINTA-FEIRA, NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE E NAS UNIDADES DE CLÍNICAS ESPECIALIZADAS (PAM’s MARECHAL E ANDRADAS, UNIDADE DE CLÍNICAS ESPECIALIZADAS, SAÚDE DA MULHER, SAÚDE MENTAL, CRRESAM, CAPS E OUTRAS UNIDADES ESPECIALIZADAS).
-OS MÉDICOS PLANTONISTAS DAS UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DEVERÃO COMPARECER NORMALMENTE NAS SUAS UNIDADES. OS MÉDICOS DIARISTAS DAS UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA QUE TENHAM PACIENTES INTERNADOS OU EM OBSERVAÇÃO AOS SEUS CUIDADOS, TAMBÉM DEVERÃO REALIZAR OS ATENDIMENTOS.
-CASOS DE ASSÉDIO MORAL: AMEAÇAS, CHANTAGENS OU TENTATIVAS DE SABOTAR OU DESQUALIFICAR O NOSSO MOVIMENTO DEVERÃO SER COMUNICADOS À ASSEMBLÉIA, À DIRETORIA DO SINDICATO OU AO DEPARTAMENTO JURÍDICO.
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A disposição da administração Custódio de Matos de jogar a discussão de assuntos importantes para comissões, de dividir a categoria para governar, não vingou. Foi repelido pela Assembléia dos Médicos. Como trabalhadores intelectualizados eles rechaçaram essa manobra. Exigem respeito e dignidade. A equiparação dos médicos com o nível superior não é matéria para discussões econômicas e orçamentárias. É uma questão de justiça. O Prefeito deveria se envergonhar de ter na folha de pagamento da Prefeitura médicos que ganham menos que o mínimo profissional.
Por dignidade e respeito essa luta dos médicos terá que continuar. Paralisação nos dias 20 e 21 de maio. Assembléia – quarta, 20 de maio, às dez horas, na Sociedade de Medicina e Cirurgia.

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Visite o Telegrama Sindical em http://telegramasindical.blogspot.com
Também com versão para dispositivos móveis, PDA, Palm, Smartphones e IPhone, em http://telesind.wirenode.mobi
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Postado por Secretaria Geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais

PRFEITURA DE JUIZ DE FORA: DIANTE DA INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNO, MÉDICOS DECIDEM AMPLIAR PARALISAÇÃO.

FAX SINDICAL EXTRA – URGENTE – 13 DE MAIO DE 2009.

Intransigência da administração Custódio de Matos agrava crise da Saúde na Prefeitura de Juiz de Fora.

Em luta contra a semi-escravidão do trabalho médico na Prefeitura, os médicos exigem respeito, fim da discriminação salarial e trabalho decente. Administração Custódio de Matos até agora está mostra intransigência contra reivindicações dos médicos.

NOS DIAS 20 E 21 DE MAIO OS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA QUE TRABALHAM EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE E UNIDADES DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA NÃO DEVEM COMPARECER AOS SEUS LOCAIS DE TRABALHO. APENAS OS PLANTONISTAS DAS UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DEVERÃO SE APRESENTAR EM SEUS PLANTÕES E PODERÃO, ONDE HOUVER MOBILIZAÇÃO SUFICIENTE, FORMAR JUNTAS MÉDICAS PARA TRIAGEM DE CASOS, DETERMINANDO O ATENDIMENTO APENAS DO QUE FOR REALMENTE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA.
PREFEITURA DE JUIZ DE FORA: EM ASSEMBLÉIA COM QUORUM AMPLIADO, OS MÉDICOS DECIDEM REJEITAR A FORMAÇÃO DE COMISSÕES PARITÁRIAS COM A PREFEITURA E EXIGEM RESPEITO, SALÁRIO DIGNO E FIM DA PRECARIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA MÉDICA.

Foi uma vitória inestimável da categoria a paralisação dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora no dia 13 de maio e a Assembléia, realizada pela manhã, na Sociedade de Medicina e Cirurgia, no mesmo dia. Uma centena de médicos presentes, o que significa um quarto do total de médicos efetivos da Prefeitura. Em uma hora e meia os profissionais decidiram manter o movimento médico e fortalecê-lo.
Foi marcada uma nova Assembléia para o dia 20 de maio de 2009 e uma nova paralisação que será realizada na quarta e quinta-feira, dias 20 e 21 de maio. Nessa data os médicos não devem comparecer aos seus locais de trabalho. Qualquer solicitação por parte de profissionais não médicos de unidades de saúde ou da administração deve ser encaminha aos diretores do Sindicato ou à assessoria jurídica. Os médicos dos serviços de urgência e emergëncia – HPS, Regional Norte (Policlínica de Benfica) e Regional Leste – que trabalhem em regime de plantão deverão comparecer para trabalhar, mas poderão, caso haja mobilização suficiente, organizar juntas médicas para realizar triagem e limitar os atendimentos aos casos reais de urgëncia e emergência.
A Assembléia rejeitou formalmente as propostas da Prefeitura de Juiz de Fora de organizar comissões, autorizando a diretoria do Sindicato a negociar apenas o fim da precarização do PSF em Juiz de Fora, mediante a criação, pela Prefeitura, do cargo de Médico de Família e Comunidade e o enquadramento dos profissionais pello serviço público municipal, na Secretaria Municipal de Saúde. A Assembléia não aceita a recusa da administração Custódio de Matos em corrigir a discriminação salarial contra os médicos, que ganham vinte e cinco por cento a menos que enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros técnicos de nível superior. A Assembléia quer EQUIPARAÇÃO JÁ!
Mesmo cientes de que estamos diante de uma luta prolongada, que exige paciência política dos médicos para que nossos objetivos sejam alcançados, os membros da Diretoria do Sindicato dos Médicos vão se empenhar em continuar contruindo a luta médica em Juiz de Fora, desde que a categoria continue prestigiando e reforçando esse movimento.
Solicitamos também aos representantes do Conselho Regional de Medicina presentes, os Drs. Jairo Silvério e José Nalon, que bloqueiem, inclusive por via judicial, qualquer concurso que a Prefeitura venha fazer para médico, oferecendo remuneração inferior a três salários mínimos, que é o mínimo profissional assegurado em Lei e não pago pela PJF.
PARABÉNS AOS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA, QUE ESTÃO EXIGINDO RESPEITO E DIGNIDADE!