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Estado do Rio tem a pior cobertura de atenção básica do SUS no país, Piauí a melhor; veja o ranking

Considerada a porta de entrada da rede pública de saúde, atenção primária é essencial para vacinação, diagnósticos precoces e acompanhamento de doenças crônicas
— Ler em oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/10/18/rio-de-janeiro-tem-a-pior-cobertura-de-atencao-basica-do-sus-no-pais-piaui-a-melhor-veja-o-ranking.ghtml

Rio Saúde: Processo Seletivo admite médicos com salários de até 15 mil

Seleção é destinada ao preenchimento de 18 vagas ofertadas em diferentes especialidades; confira
— Ler em www.pciconcursos.com.br/noticias/rio-saude-processo-seletivo-admite-medicos-com-salarios-de-ate-15-mil

Emergência de hospital público do Rio vai fechar por causa de contratação precária de mão de obra

Terceirização e precariedade no serviço público de saúde levam ao risco de interrupção da continuidade e regularidade de serviços essenciais. Essa situação tem sido objeto de muita discussão e apesar dos fracassos dessas políticas, governantes e gestores insistem nela. Hospital público no Rio terá que fechar emergência porque contratos de terceirização vão vencer.

O concurso público e a formação de quadros de profissionais qualificados e com vínculos empregatícios formais, não precários, é o caminho reto para evitar que essas situações não se repitam.

( https://extra.globo.com/noticias/rio/fim-de-contrato-de-terceirizados-pode-deixar-pediatria-do-complexo-hospitalar-da-ufrj-sem-medicos-24735674.html )

“Uma nota divulgada pelo Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ, está causando preocupação nos pais que recorrem à unidade localizada no Fundão para cuidar de seus filhos. O texto diz que a partir do próximo dia 12, o hospital, que é especializado em pediatria com perfil de atendimento de média e alta complexidade, deixará de contar com médicos. A situação tende a piorar a partir de 2 de dezembro, com a baixa de outros profissionais do quadro como enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, biomédicos, farmacêuticos, técnicos de laboratório, de farmácia e de radiologia.”

https://www.facebook.com/110962397064595/posts/215469509947216/

https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/11/terceirizacao-e-precarizacao-do.html

Sobre pandemia e necropolítica

A vida, o dinheiro e a doença

“Dessa vida nada se leva”, dizia a arcaica sabedoria dos antigos. E ainda havia os que diziam, que os esforços e a ganância dos homens desse mundo em nada resultava, que “caixão não tem gavetas” e ninguém poderia levar para o outro lado o dinheiro acumulado nessa vida.
Lembrei dessas palavras, vindas de outros tempos, agora, em plena pandemia que vejo devastar o Brasil, nesse momento que governantes e empresários, em estranho acordo, falam da reabertura de atividades e, por consequência, no aumento de circulação de pessoas, no momento em que os números de doentes e mortos não param de subir.
A Ciência é silenciada. A questão dinheiro x vidas, ainda que seja uma formulação imperfeita do problema, é resolvida por esse pacto esperado entre donos do poder e do dinheiro. Talvez pensem, por alguma estranha lógica mortal, que vidas sem dinheiro não importam. Seríamos todos nós, pobre inocentes, que enm governantes e nem empresários somos, submetidos como vítimas de sacrifício em algum tipo estranho de experiência macabra?
Não é difícil deduzir o resultado do aumento de circulação de pessoas, resultado óbvio dessas reaberturas, com o vírus circulando com cada vez mais fúria e intensidade. Mas, volto lá no início para lembrar que “caixão não tem gavetas”.
Difíceis esses tempos, nos quais a necropolítica, figura quase esquecida, entra em cena como um ectoplasma e ganha corpo no centro do palco da pandemia.
(Geraldo Sette, em 05/06/2020)

ABUSOS JUDICIAIS CONTRA ASSALARIADOS DO SETOR PÚBLICO – DEGASE-RJ

ABUSOS JUDICIAIS CONTRA ASSALARIADOS DO SETOR PÚBLICO

Na repressão aos direitos dos trabalhadores, magistrados agem como capitães do mato. A lição que se tira é que os movimentos reivindicatórios nada devem esperar dessa justiça. Devem ser organizados já pensando na ação repressiva.
“O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Claudio de Mello Tavares, determinou nessa quinta-feira (7/11) que o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Degase), João Luiz Pereira Rodrigues, cumprisse a decisão judicial que estabeleceu o retorno da categoria ao trabalho encerrando a greve iniciada na terça-feira (5/11) atingindo 25 unidades do Degase.

Caso não fosse cumprida a ordem judicial em até 24 horas, João Rodrigues seria responsabilizado criminalmente e preso em flagrante pelo próprio oficial de justiça, que deveria apresenta-lo imediatamente à autoridade policial competente estando vedada a fixação de fiança. ”
https://diariodovale.com.br/regiao/diretores-do-sind-degase-seriam-presos-se-greve-nao-fosse-encerrada/

Em defesa da última cidadela: salários, aposentadorias e direitos fundamentais.

Vamos falar do sindicalismo médico. Mas o ponto abrange todos os sindicatos e os interesses e temores de todos os que dependem de emprego, salário e aposentadoria. Quando qualquer um tira os olhos do Facebook, Whatsapp, Twitter, etc., e chega no seu trabalho ou dá uma olhada no seu contracheque, parando para pensar vai perceber uma realidade diferente daquela dos debates inflamados das redes sociais. Essa realidade é determinada pela possibilidade de seu salário não ser pago em dia, de suas férias ou de sua aposentadoria serem dificultadas, de suas condições de trabalho estarem em franca decadência. Quando os olhos, ouvidos e o pensamento estão voltados para esse duro chão da realidade, então o sindicato costuma ser lembrado ou pensado. Nessa hora fica mais viva a ideia de que a união é que faz a força e que a solidariedade é o que sustenta essa necessidade de se unir por um interesse comum.
Toda profissão regulamentada, principalmente as mais antigas, contam com normas, uma cultura própria e valores que são incorporados ao seu exercício. No caso da Medicina, valores que são humanistas, uma herança do Iluminismo. No caso específico da Medicina existem normas éticas, legais e disciplinares associadas ao seu exercício, em razão da forte responsabilidade que se tem imediatamente sobre a vida de pessoas.
O objetivo político por excelência é a construção de uma unidade no presente com vistas a um projeto para o futuro. Essa unidade desejável se faz por consensos, especialmente sobre temas sobre os quais não pesa a contaminação do partidarismo extremo do tipo que intoxica as redes sociais na atualidade.
Exemplo das razões para se construir essa unidade são aquelas ligadas a direitos trabalhistas e sociais da categoria representada, às condições de trabalho e ao funcionamento do sistema público de saúde.
No caso dos médicos, por ser todo o trabalho cercado de interfaces com a sociedade, representada por pacientes, responsáveis, familiares e profissionais não médicos que também atuam na área de saúde, a questão da opinião pública tem destacada importância.
A realidade impõe algumas questões, destacando o campo do serviço público, onde uma parcela significativa de médicos milita, com um ou dois vínculos, plantões, sendo esses profissionais concursados, contratados, terceirizados ou aposentados. Nesse caso, categoria profissional dos médicos, como tantas outras envolvidas na prestação de serviços públicos, está, na atualidade, na defensiva, preocupada com o recebimento de seus próprios salários e aposentadorias e com ameaças imediatas ou a longo e médio prazo, reais ou virtuais, a seus direitos mais elementares.
Concluímos que, por mais que os médicos se deixem envolver em debates político-eleitorais a partir de redes “sociais” que dividem a sociedade, os sindicatos que formam a representação classista da categoria profissional têm o dever, nas pessoas de seus diretores, de se empenhar na construção de consensos que são o cimento de uma unidade necessária para a garantia dos nossos direitos mais elementares no futuro imediato.

Rio de Janeiro: mais uma evidência da #CRISEnoSUS

FAX SINDICAL – 03 DE NOVEMBRO DE 2017

SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA

#CRISEnoSUS Dificuldade de acesso e carência de médicos e recursos materiais, além de equipamentos de saúde em péssimo estado e precarização de mão de obra dificultam a vida de quem depende do sistema público de saúde

O Fax Sindical não cansa, e dá mais um exemplo.

 

NO RIO DE JANEIRO, FALTA DE MÉDICOS E INFRAESTRUTURA SOMAM MAIS UMA PROVA DE QUE O SUS, DO QUE JEITO QUE ESTÁ, NÃO ESTÁ DANDO CERTO.

Há uma distância enorme entre as boas intenções declaradas nos princípios do SUS e a realidade de milhões de trabalhadores e usuários, que trabalham e dependem do sistema. Os defensores do SUS não têm sido enfáticos em declarar essa distância, cada vez maior, entre o que deveria ser o SUS e o que ele está sendo realmente. Por isso, muitas vezes, passam a ideia de que estão defendendo um sistema decadente e em situação crítica e estejam indiferentes aos sofrimentos e dificuldades dos milhões de usuários. Há que se refletir sobre esses discursos, para que não possam parecer cumplicidade com erros e desvios do sistema.

A situação caótica do SUS, no seu atual estágio de evolução, traz problemas e dificuldades de acesso. No Rio já é um drama usuários conseguirem acesso a serviços especializados. Os equipamentos de saúde estão em crise, com falta de infraestrutura, recursos materiais e humanos.

Essa realidade é mostrada neste vídeo divulgado pelo G1, que merece ser visto pelos interessados.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/videos/t/edicoes/v/pacientes-sofrem-para-conseguir-atendimento-na-rede-publica-do-rj/6262944/

No Rio de Janeiro o trabalho dos profissionais médicos e de outras formações está precarizado por meio de OSs. A remuneração não é satisfatória. Não existem planos de carreira e nem garantias para uma aposentadoria digna. Em resumo: a precarização do trabalho e a cada vez mais notória capacidade em atrair e fixar médicos, para que o estado possa cumprir o seu “dever” que a Constituição determina para garantir o direito dos usuários, torna-se um círculo vicioso que prejudica os que dependem do SUS.

Fila para atendimento de pacientes nos hospitais do Rio cresceu 80% desde dezembro do ano passado

A SAÚDE PÚBLICA É A MAIOR HIPOCRISIA DOS POLÍTICOS E DOS BUROCRATAS

Os defensores do SUS deveriam defender um sistema de saúde onde não houvesse precariedade do trabalho, falta sistemática de insumos, dificuldade de acesso a procedimentos, filas intermináveis em corredores. São falsários os defensores do SUS como ele tem sido.

https://m.oglobo.globo.com/rio/fila-para-atendimento-de-pacientes-nos-hospitais-do-rio-cresceu-80-desde-dezembro-do-ano-passado-21974476

Cabral, inimigo dos médicos do Rio de Janeiro, já está condenado há 72 anos de cadeia e à execração pública. Classe médica do Rio agradece.

Sérgio Cabral, não vamos nos esquecer, foi um dos governantes que mais prejudicou os médicos do Rio de Janeiro. Durante seu governo foram lançadas as premissas da precarização do trabalho médico. Sua condenação e a revelação de seus inumeráveis escândalos de corrupção, tornam difícil o seguimento de sua carreira política. Ainda faltam muitos nesse tribunal. Principalmente aqueles que, na área de saúde, se acumpliciaram com ele.

Juiz Marcelo Bretas condenou ex-governador e mais 13 anos de prisão, no âmbito da Operação Macate. Também foram condenados Ary Costa Filho e Carlos Miranda.

Fonte: Sérgio Cabral é condenado pela 3ª vez na Lava Jato, e penas somam 72 anos de prisão | Rio de Janeiro | G1

#CRISEnoSUS UPAs trabalho precarizado e insegurança para atender emergências. Modelo em questão.

Não é o único caso. As UPAs são em sua maioria terceirizadas ou vinculadas a outras formas de trabalho precário, embora sejam serviços públicos, façam parte do SUS e terceirizem atividades fim em serviço público. Nossas autoridades, MP e Judiciário, são silentes ou coniventes diante disso, mas não aceitam que seus tribunais trabalhem no mesmo sistema. O Ministério da Saúde é indiferente ou incentiva a precarização do trabalho. Os resultados, cada vez mais, se revelam insatisfatórios. O SUS não pode ser um vale tudo.UPA