Exigindo correção nos salários e realização de concurso público para a área os funcionários públicos federais da seguridade social realizaram paralisação de 24 horas no dia 5 de novembro.
Também denunciaram à opinião pública o PL 92, que circula no Congresso e cria fundações públicas de direito privado. Representantes dos trabalhadores do setor público de saúde e de organizações que representam usuários do SUS têm feito manifestações para denunciar essa medida neoliberalizante patrocinada pelo Ministro da Saúde José Gomes Temporão (PMDB-RJ).
A opinião pública é informada que não haverá concurso público para o preenchimento de vagas no negócio das fundações estatais e que pessoas poderão ser levadas a pagar por procedimentos e exames realizados em unidades públicas.
A notícia é da Agência Brasil e está em http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/11/05/materia.2008-11-05.3018374825/view
Servidores do INSS e da Saúde fazem paralisação de 24 horas
Da Agência Brasil
Os servidores do INSS e do Ministério da Saúde fizeram nesta quarta-feira (5) uma paralisação de 24 horas em todo o país. Eles exigem condições dignas de atendimento à população, a realização de concurso público imediato para a contratação de novos servidores e a implementação de planos de carreira.
No Rio de Janeiro, os funcionários dos dois órgãos públicos contaram com a adesão de alguns profissionais de unidades municipais e estaduais de saúde e realizaram uma manifestação em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, no centro da cidade.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ) teme que o governo não cumpra os acordos firmados com os trabalhadores, uma vez que a Medida Provisória 443 exime o Estado de cumprir os acordos feitos a partir de março.
Outro ponto que preocupa os servidores é a possibilidade de aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional que cria fundações de direito privado no serviço público federal. De acordo com o diretor do Sindisprev/RJ, Júlio Tavares, o PL 92 estabelece uma nova relação de vínculo trabalhista em que seriam extintos os concursos públicos e a população passaria a pagar pelos exames e atendimentos.
“Não haverá mais concurso e a área da saúde será privatizada. A população não terá mais o direito, garantido pela Constituição, de serviço de saúde gratuito e garantido pelo Estado”, disse Júlio Tavares.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que os Postos de Assistência Médica (PAM) de Bangu, Del Castilho, Irajá e o Posto Alice Tibiriçá, reduziram os atendimentos ambulatoriais devido à paralisação de parte dos servidores. Segundo a secretaria, os atendimentos nessas unidades foram remarcados.
A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro informou que não houve registro de paralisação de servidores nos hospitais Getúlio Vargas e Pedro II.
Já o Ministério da Saúde informou que, segundo os diretores dos hospitais federais do município do Rio, todas as consultas e cirurgias marcadas foram realizadas normalmente.