Apagão da Saúde: Em Natal greve dos funcionários da Saúde amplia com adesão dos médicos.

Rio Grande do Norte: o movimento unificado dos trabalhadores do setor público estadual de saúde, com a adesão dos médicos, atinge 60% de paralisação. O Sindicato dos Médicos organiza o trabalho para manter 30% dos profissionais em atividade, para evitar o fechamento dos serviços considerados essenciais. Além de Natal, a paralisação já chegou a Mossoró e Caicó. Os grevistas afixaram nas vias de acesso aos hospitais listas de medicamentos, materiais e equipamentos que estão em falta nas unidades estaduais de saúde. O chefe da Casa Civil informou que o Governo não pretende dar qualquer valorização aos servidores da saúde. A disposição dos sindicalistas é manter o movimento por tempo indeterminado. A notícia está em http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=2&idmat=176977

Greve da saúde tem 60% de adesão

A greve dos médicos e servidores estaduais de saúde continua por tempo indeterminado, apesar de o chefe do Gabinete Civil, Gustavo de Carvalho, ter informado que não será concedido reajuste à categoria. Segundo diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, aproximadamente 60% dos servidores aderiram à paralisação, que também atingiu cidades como Mossoró e Caicó.

O atendimento nos hospitais estaduais continua se restringindo às urgências e emergências. Os demais casos são encaminhados às unidades de saúde municipais. Ontem, segundo informou o presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira, no Hospital Walfredo Gurgel apenas um clínico estava trabalhando, enquanto a média é de dois ou três, e um anestesista dos três que compõem a escala. No Hospital Giselda Trigueiro, um clínico dos três que compõem a escala realizou atendimento. Geraldo Ferreira confirmou que os demais médicos que não estão prestando atendimento permanecem nos hospitais para casos de maior necessidade.

Geraldo Carvalho informou que os médicos estão aderindo ao movimento desde sexta-feira, respeitando o limite mínimo de 30% dos profissionais trabalhando. ”Nesses primeiros dias, na verdade, nós queremos conscientizar a população e reduzir o atendimento. Queremos que transcorra dessa forma até um resultado na negociação. Mas se não tivermos resultados, vamos ter que apertar o cerco”, disse o presidente do Sidicato dos Médicos.

Os grevistas fizeram manifestação ontem pela manhã no Hospital Walfredo Gurgel, e hoje se reúnem no calçadão da Rua João Pessoa, em Cidade Alta, para divulgar as reivindicações do movimento. O diretor do Sindsaúde Paulo Martins informou que uma reunião está agendada para hoje à tarde entre representantes do Sindsaúde e Sinmed e o Secretário Estadual de Saúde, George Antunes de Oliveira. Mas os sindicalistas estão cautelosos e aguardam confirmação da audiência, depois de os representantes do Governo terem faltado às duas audiências marcadas este mês.

”O Governo não quer cortar gastos no cerne do Governo, que são os cargos comissionados. Se cortasse esses cargos, daria para resolver o problema. Será que agora vai querer cortar a alimentação dos pacientes?”, reclamou o sindicalista Paulo Martins. Ele informou que ”a greve vai continuar por tempo indeterminado, mesmo que o Governo continue com esse discurso”.

Na entrada dos Hospitais Santa Catarina e Walfredo Gurgel, cartazes trazem listas de medicamentos e outros produtos que estão em falta. Dentre os itens da lista, estão álcool, sabão líquido, papel-toalha, enzimas cardíacas para diagnóstico de enfarto e alimentos no Santa Catarina, e seringas, látex, luvas, álcool, Povidini e papel-toalha no Walfredo Gurgel.

PATRÍCIA BRITTO

DA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL

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