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Médicos pela democracia repudiam declaração fake do presidente do CFM

*Nota Pública*

A Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD por meio da Coordenação Executiva Nacional – CEN, face pronunciamento do senhor Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Mauro Ribeiro, ocorrida através de vídeo no dia 21/12/2019, vem por meio desta Nota Pública contestar suas afirmações e esclarecer a população brasileira.

O pronunciamento explicita mais do que nunca a opção do CFM por uma medicina insensível à desassistência do povo, criticando os governos anteriores nos quais, pela primeira vez, a universalização do acesso à saúde foi buscada, esta que é a missão mais nobre da nossa profissão.

Afirma que a medicina vive a sua pior crise e que esta foi criada pelos governos populares por meio da abertura de novas faculdades de medicina. Ele esquece de dizer, entretanto, que a criação dessas faculdades continua num ritmo acelerado mesmo após o golpe jurídico parlamentar de 2016, que lamentavelmente contou com o apoio das entidades médicas, inclusive no que concerne ao congelamento orçamentário do SUS por longos vinte anos.

Continua em sua narrativa deturpando fatos conhecidos publicamente que se referem ao Programa Mais Médicos, quando diz que os profissionais foram lotados em sua maioria no litoral brasileiro, quando na verdade o que caracterizou o programa foi levar a atenção primária aos rincões do Brasil e a áreas isoladas como as quilombolas e indígenas, populações estas vêm sendo ameaçadas e mortas juntamente com a Floresta Amazônica, patrimônio maior do Brasil que arde cotidianamente em chamas, após o desmonte das instituições de proteção ao meio ambiente.

Esquece também o Dr. Mauro Ribeiro que o Programa Mais Médicos instituiu uma avaliação bianual para os alunos das escolas médicas brasileiras e o resultado desta avaliação poderia levar inclusive ao fechamento de cursos que não oferecessem formação satisfatória. Hoje o MEC afrouxou o controle sobre as universidades privadas e o CFM silencia frente a demissões de profissionais médicos mestres e doutores utilizados apenas para aprovação dos seus projetos.

Esquece mais uma vez que a criação de vagas nos cursos de medicina estava atrelada a abertura do mesmo número de vagas de Residência, o que teria assegurado qualificação profissional e postos de trabalho para os jovens médicos. E ignora que o período de maior ampliação e valorização da residência médica ocorreu entre 2014 e 2016.

E continua esquecendo o Dr. Mauro Ribeiro que quem propôs que o Revalida fosse realizado por escolas privadas foi o Ministro da Educação do presidente que eles tanto apoiam e elogiam. Foram os deputados de oposição que conseguiram reduzir a gravidade da medida prevendo a participação das universidades privadas apenas na segunda fase da avaliação e que a supervisão fosse realizada pelo MEC com obrigatório acompanhamento do CFM.

É ainda inverossímil que o CFM se contente com a Carreira Médica proposta pelo governo, que é muito diferente da que foi proposta pelo próprio CFM nos governos anteriores. Perante esta, nenhuma crítica, o que demonstra uma triste submissão a um governo que é o principal responsável pela crise que se abate sobre o mercado médico e pela piora significativa dos indicadores de saúde como a mortalidade infantil e pelo aumento da miséria e da população em situação de rua.

No final o vídeo explicita um júbilo por ter sido recebido por um presidente que envergonha o Brasil perante o mundo e caracteriza um adesismo imperdoável a um governo desastroso para a maioria da população brasileira, o que inclui também os médicos brasileiros, que reduz o orçamento do SUS (maior empregador de médicos do Brasil) e reduz o contingente de usuários de planos de saúde devido a uma taxa de desemprego jamais vista.

Não falam em nosso nome.

Fortaleza, 04de janeiro de 2020

*CEN* (Coordenação Executiva Nacional) – *ABMMD* (Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia)

Carência de recursos do SUS é o grande desafio do novo governo – Política

O futuro governo não incluiu uma agenda social em seu programa e, além disso, causou uma crise social antes mesmo da posse, ao dar razões para a retirada de 8 mil médicos cubanos que atuavam no Mais a Médicos, de forma abrupta e sem transição. 

A carência que abate o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal desafio para os próximos anos. A lenta recuperação econômica que mantém um contingente de milhões de desempregados afastou a população dos planos de saúde e, consequentemente, aumentou o volume de atendimentos públicos, que conta com recursos escassos.”

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/12/18/interna_politica,725974/carencia-de-recursos-do-sus-e-o-grande-desafio-do-novo-governo.shtml

Peso do SUS cai, e saúde privada tem fatia maior do que em países ricos 

Chama atenção que o SUS tem a missão de atender 85% da população e tem pouco mais de 40% dos gastos em saúde, do total de gastos públicos e privados em saúde da população brasileira. 

No ano em que o SUS (Sistema Único de Saúde) completa 30 anos, uma pesquisa a que o UOL teve acesso indica que os gastos públicos vêm perdendo peso frente às despesas privadas em saúde, na contramão do que ocorre em países desenvolvidos. Uma diferença que tende a se agravar nos próximos anos com o congelamento dos gastos do governo por 20 anos.”

Dos R$ 546,1 bilhões gastos em 2015 em saúde, R$ 314,6 bilhões saíram da iniciativa privada, o equivalente a 57,6% das despesas.”

Fonte: 

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2018/12/17/sus-30-anos-gasto-publico-cai-ao-menor-nivel-em-relacao-ao-setor-privado.htm

Apenas 43,7% dos inscritos no Mais Médicos no RS já estão trabalhando | GaúchaZH

Das 630 vagas abertas pelo edital do Mais Médicos no Rio Grande do Sul, apenas 276 já estão preenchidas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) a ZH pelo Conselho das Secretarias Municipais da Saúde do Estado (Cosemsrs).

https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2018/12/apenas-437-dos-inscritos-no-mais-medicos-no-rs-ja-estao-trabalhando-cjpsrhzj30lzc01rxd42whswo.html

Infestação do Aedes põe em alerta 11 cidades do litoral de São Paulo

Nas férias, com esse verão quente, o litoral paulista atrai muitos turistas. Só que está infestado de Aedes.

http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/infestacao-do-aedes-poe-em-alerta-11-cidades-do-litoral-de-sao-paulo,37996.shtml

Doença da pobreza: Negligenciada, doença de chagas mata um por semana no Ceará

Não importa qual seu bem estar social hoje, se uma origem humilde assina o risco. A doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi tem por sobrenome “negligenciada” e assim naturalizou-se. No maior sentido que a palavra pode ter. Não é que a “doença do coração crescido” voltou. Ela nunca foi. Milhares de pessoas ainda vivem em casas de taipa, que o insteto barbeiro escolhe para abrigo. Quem já deixou, ou nunca morou assim, mas vive em região endêmica, corre mais risco.

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/metro/negligenciada-doenca-de-chagas-mata-um-por-semana-no-ceara-1.2038492

Em defesa da última cidadela: salários, aposentadorias e direitos fundamentais.

Vamos falar do sindicalismo médico. Mas o ponto abrange todos os sindicatos e os interesses e temores de todos os que dependem de emprego, salário e aposentadoria. Quando qualquer um tira os olhos do Facebook, Whatsapp, Twitter, etc., e chega no seu trabalho ou dá uma olhada no seu contracheque, parando para pensar vai perceber uma realidade diferente daquela dos debates inflamados das redes sociais. Essa realidade é determinada pela possibilidade de seu salário não ser pago em dia, de suas férias ou de sua aposentadoria serem dificultadas, de suas condições de trabalho estarem em franca decadência. Quando os olhos, ouvidos e o pensamento estão voltados para esse duro chão da realidade, então o sindicato costuma ser lembrado ou pensado. Nessa hora fica mais viva a ideia de que a união é que faz a força e que a solidariedade é o que sustenta essa necessidade de se unir por um interesse comum.
Toda profissão regulamentada, principalmente as mais antigas, contam com normas, uma cultura própria e valores que são incorporados ao seu exercício. No caso da Medicina, valores que são humanistas, uma herança do Iluminismo. No caso específico da Medicina existem normas éticas, legais e disciplinares associadas ao seu exercício, em razão da forte responsabilidade que se tem imediatamente sobre a vida de pessoas.
O objetivo político por excelência é a construção de uma unidade no presente com vistas a um projeto para o futuro. Essa unidade desejável se faz por consensos, especialmente sobre temas sobre os quais não pesa a contaminação do partidarismo extremo do tipo que intoxica as redes sociais na atualidade.
Exemplo das razões para se construir essa unidade são aquelas ligadas a direitos trabalhistas e sociais da categoria representada, às condições de trabalho e ao funcionamento do sistema público de saúde.
No caso dos médicos, por ser todo o trabalho cercado de interfaces com a sociedade, representada por pacientes, responsáveis, familiares e profissionais não médicos que também atuam na área de saúde, a questão da opinião pública tem destacada importância.
A realidade impõe algumas questões, destacando o campo do serviço público, onde uma parcela significativa de médicos milita, com um ou dois vínculos, plantões, sendo esses profissionais concursados, contratados, terceirizados ou aposentados. Nesse caso, categoria profissional dos médicos, como tantas outras envolvidas na prestação de serviços públicos, está, na atualidade, na defensiva, preocupada com o recebimento de seus próprios salários e aposentadorias e com ameaças imediatas ou a longo e médio prazo, reais ou virtuais, a seus direitos mais elementares.
Concluímos que, por mais que os médicos se deixem envolver em debates político-eleitorais a partir de redes “sociais” que dividem a sociedade, os sindicatos que formam a representação classista da categoria profissional têm o dever, nas pessoas de seus diretores, de se empenhar na construção de consensos que são o cimento de uma unidade necessária para a garantia dos nossos direitos mais elementares no futuro imediato.

Mais médicos, menos qualidade – 

Ministério da Saúde, burocratas do ministério e gestores públicos se preocupam com quantidades, em dizer que estão oferecendo atendimento médico e assistência, mas não demonstram a mínima preocupação com a qualidade.

A proliferação desordenada de faculdades de Medicina, sem que tenha havido prévia preparação de professores qualificados e titulados devidamente e a aceitação de médicos sem qualificação dada pelo Revalida, mostra bem isso.

O serviço público de saúde padece de precariedade. Diante do silêncio cúmplice de autoridades e da maioria dos legisladores.

Tudo, outra vez, parece embalado para solucionar o problema da Saúde nas áreas mais carentes do País. Só que, ao olhar de perto, percebemos que a situação carece justamente de qualificação.

Enquanto o governo pensar apenas em quantidade, a preocupação com o atendimento à população só aumentará e a população seguirá padecendo, lamentavelmente. 

 

http://www.dgabc.com.br/Mobile/Noticia/2777889/mais-medicos-menos-qualidade

#CRISEnoSUS – A meta de aumentar número de médicos vai corresponder a uma melhoria da saúde?

Ideologias sempre brigam com fatos.

O dirigismo estatal tem seus graves problemas, que se tornaram mundialmente conhecidos quando se descobriu a extensão do desastre dos planos quinquenais da antiga URSS e do dirigismo estatal no Leste Europeu, nos anos que se seguiram à queda do Muro de Berlim. Mas no Ministério da Saúde, no Brasil do Terceiro Milênio, a burocracia do Ministério da Saúde, a mesma que não vê nenhum impedimento em negociar com a ditadura cubana, ainda pensa em dirigismo estatal.

Aqui o dirigismo estatal foi, mais uma vez, estampado na ideia do Ministério de criar uma meta (“dobrar a meta”?) de que no Brasil existam 2,7 mil médicos por 1.000 habitantes até o ano 2026. Uma das táticas para atingir a meta estatal seria a proliferação de faculdades de Medicina, sem a habitual preocupação de formar professores de Medicina qualificados suficientemente e com absoluto descaso com a infraestrutura necessária para o funcionamento de uma faculdade de Medicina, minimamente razoável. Esta proliferação já está em curso.

No estado do Rio de Janeiro, existem doze cidades onde esta meta do Ministério da Saúde  já foi ultrapassada. Isso, contudo, não resultou em melhoria expressiva dos serviços públicos de saúde. Há cidades em que o número de médicos ultrapassa a “meta”, contudo não há leitos. O resultado, todos sabem, são corredores de hospitais superlotados e pessoas sofrendo no aguardo de leitos hospitalares. Os médicos e as pessoas que efetivamente usam o SUS conhecem essa realidade. “Mais médicos”, menos leitos. E, dos hospitais “padrão FIFA” ninguém mais fala.

Acreditamos que o Ministério da Saúde, como todos os que são adeptos do dirigismo estatal, tem dificuldades em lidar com a realidade de forma coerente. A ampliação do número de médicos, independentemente da qualidade da formação desses profissionais, não vai significar melhoria da qualidade dos serviços públicos de saúde. O aumento do número de médicos, não vai traduzir automaticamente em melhor distribuição de profissionais. O aumento do número de médicos não vai significar que os profissionais irão trabalhar do serviço público. Se o serviço público continuar inóspito aos médicos, incapaz de atrair e fixar profissionais, muitos profissionais procurarão em outras atividades ou no empreendedorismo uma alternativa mais leve e tranquila para ganharem suas vidas sem a pesada responsabilidade inerente ao ser médico. O fato de existirem pessoas com diplomas universitário exercendo outras funções que não aquelas para as quais estudaram e se formaram, já existe em várias outras profissões. Além disso há a chance dos médicos com melhor formação migrarem para países onde poderão exercer seu trabalho com muito mais qualidade, com mais entusiasmo e remuneração mais digna e melhor padrão de vida.

Essas questões não são apreciadas pelos planejadores estatizantes, que estabelecem suas metas, fazem seus planos quinquenais e acreditam que a realidade é que tem que se acertar com as ideias e planos deles.

A presidente Dilma Rousseff, do PT, vetou a carreira de estado para médicos.

A matéria sobre a situação no RJ, a qual nos referimos acima, é do site do jornal O Globo, e pode ser conferida a partir do link:

Quase 30% das cidades do Rio têm menos de um médico para cada mil habitantes | Na base dos dados – O Globo

Fonte: Telegrama Sindical: #CRISEnoSUS e ilusionismo – A meta de aumentar número de médicos vai corresponder a uma melhoria da saúde?

 #CRISEnoSUS Instituto que terceirizava médicos falsos no SUS pagava salário diferenciado.

#CRISEnoSUS Instituto que terceirizava médicos falsos no SUS pagava salário diferenciado.

Continua repercutindo o escândalo dos falsos médicos no SUS. Por enquanto o escândalo se restringe a cidades do interior de SP, mas avalia-se que pode ser bem pior. Agora descobriu-se que uma das pessoas jurídicas, “sem fins lucrativos”, pagava salário diferenciado aos falsos médicos. Indícios de que as “instituições sem fins lucrativos” sabiam que os médicos eram falsos, tanto é que faziam pagamentos diferenciados.

A matéria pode ser lida em –

G1 – Instituto em SP que empregou falsos médicos sabia de fraude, diz suspeito – notícias em Ribeirão e Franca

Um dos falsos médicos que trabalhou em Franca (SP), Pablo Mussolin, disse em depoimento à polícia em Mairinque
(SP), que o Instituto Ciências da Vida (ICV), responsável pela
contratação dos funcionários do Pronto-Socorro “Dr. Álvaro Azzuz”, tinha
conhecimento do registro ilegal dos profissionais que atuaram no
município entre julho e outubro de 2014. Em nota, o instituto voltou a
negar qualquer participação na fraude e afirmou que é “vítima do
esquema”.

Preso desde julho deste ano, Mussolin também afirmou em seu depoimento
que cursou medicina na Bolívia e que entrou no esquema de contratação do
instituto depois de ser procurado por Bertino Rumarco da Costa, outro
brasileiro sem registro profissional que também foi preso atuando
ilegalmente.

Segundo a delegada Fernanda Ueda, responsável pelas investigações em
Marinque, Mussolin divulgou outras informações que serão apuradas para
confirmar se houve envolvimento do ICV nas fraudes. Segundo o suspeito, o
instituto pagava salários menores para os falsos médicos.

“Constatamos que há uma divergência em relação aos valores [recebidos
pelos médicos]. Alguns médicos regulares recebiam em torno de R$ 1,2
mil, R$ 1,4 mil. Por sua vez, os falsos médicos falavam que recebiam R$
800, R$ 1 mil. Esse valor era um tanto quanto variável, mas sempre menor
que os médicos regulares”, afirma.

Fonte: Telegrama Sindical: #CRISEnoSUS Instituto que terceirizava médicos falsos no SUS pagava salário diferenciado.