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#CRISEnoSUS UPAs trabalho precarizado e insegurança para atender emergências. Modelo em questão.

Não é o único caso. As UPAs são em sua maioria terceirizadas ou vinculadas a outras formas de trabalho precário, embora sejam serviços públicos, façam parte do SUS e terceirizem atividades fim em serviço público. Nossas autoridades, MP e Judiciário, são silentes ou coniventes diante disso, mas não aceitam que seus tribunais trabalhem no mesmo sistema. O Ministério da Saúde é indiferente ou incentiva a precarização do trabalho. Os resultados, cada vez mais, se revelam insatisfatórios. O SUS não pode ser um vale tudo.UPA

Entidades médicas de Belo Horizonte não vão se reunir mais com Ministro da Saúde

A reunião anunciada entre a Associação Médica de Minas Gerais, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais e o Ministro da Saúde, Sr. Ricardo Barros, foi definitivamente cancelada. Pelo menos é o que diz o site do Sindicato dos Médicos de Belo Horizonte.

Na página da AMMG, não há anúncio do cancelamento, pelo menos até o momento ( confira em https://ammg.org.br/ )

A reunião seria feita algumas semanas depois que o então ministro fez declarações desrespeitosas à classe médica, citando o velho preconceito de que “os médicos fingem que trabalham”, em referência aos salários pífios e à precarização do trabalho que o serviço público tradicionalmente dedica à classe médica.

Acreditamos que o cancelamento foi causado pela forte reação de muitos segmentos da classe médica mineira e brasileira, inclusive do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais, denunciando a inconveniência desse encontro nesse momento.

A página do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais diz que o cancelamento foi decisão do ministro. Pode ser. Não apuramos ainda o fato e não sabemos se o cancelamento foi ato de sensibilidade do ministro ou das entidades médicas de Belo Horizonte. Eles dizem que foi do ministro.

http://www.sinmedmg.org.br/visualizacao-de-noticias/ler/10958/comunicado-urgente-aos-medicos-ministro-da-saude-cancela-a-reuniao-agendada-com-as-entidades-medicas-hoje-4-de-setembro

Médicos do Alberto Torres são demitidos OS e precarização prejudica usuários e trabalhadores

A precarização das unidades de saúde que atendem ao SUS continuam prejudicando usuários e profissionais. Salários atrasados, dívidas trabalhistas, demissões onde há falta de pessoal. Na verdade o serviço público de saúde está virando um vale tudo no Brasil. Os médicos e profissionais de saúde estão no rodapé do serviço público. Direito do cidadão e dever do estado? Na verdade cada vez mas uma situação de decadência que já prejudica milhões de brasileiros. A resposta é sempre a indiferença e o cinismo.

https://m.oglobo.globo.com/rio/bairros/medicos-do-alberto-torres-sao-demitidos-unidade-passa-para-os-processada-por-atrasar-salarios-21776862

Sem atendimento no SUS, paciente recorre a empréstimo para pagar procedimentos.

Sem plano de saúde e diante da diminuição dos atendimentos no SUS, pacientes estao tendo que recorrer a empréstimos para pagar cirurgias e procedimentos. 

Já é conhecido que, em razão de desemprego e perda do poder de compra dos salários, muitos brasileiros remediados estão apertados e deixando de incluir planos de saúde em seus orçamentos.

Por outro lado, muitos médicos estão deixando de atender o SUS, em razão da remuneração ruim e da precarização do trabalho.

A matéria aqui citada mostra que há pessoas recorrendo a empréstimos para cuidar de sua saúde, “direito de todos e dever do estado”.

http://istoe.com.br/sem-atendimento-no-sus-paciente-recorre-a-emprestimo-para-pagar-cirurgia/

SUS joga fora R$ 16 milhões em medicamentos de alto custo

Um estado que remunera mago seus médicos e busca bodes expiatórios para as deficiências de seu sistema público de saúde, joga milhões de reais de medicamentos caros no lixo.

Um relatório inédito da Controladoria-Geral da União (CGU), concluído em abril, mostra que 11 Estados e o Distrito Federal jogaram remédios fora em 2014 e 2015. As causas do desperdício, que chega a R$ 16 milhões, foram validade vencida e armazenagem incorreta.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, o valor perdido seria suficiente para custear o tratamento de Moreira por 104 anos.

Os Estados em que houve descarte foram Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.”

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41007650

FENAM ADERE A PROTESTOS CONTRA MINISTRO DO PONTO ELETRÔNICO

Check out this blog “FENAM ADERE A PROTESTOS CONTRA MINISTRO DO PONTO ELETRÔNICO” http://sindicatoexpresso.blogspot.com/2017/08/fenam-adere-protestos-contra-ministro.html

A equiparação do trabalho médico ao trabalho industrial é um equívoco visto por pessoas ignorantes do assunto como medida moralizadora e solução para os graves déficits que assolam o SUS.

SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA PROTESTA CONTRA DECLARAÇÕES DE MINISTRO DA SAÚDE 

Recentes declarações, repercutidas na mídia brasileira, do principal gestor público da saúde do Brasil, o ministro da Saúde, Ricardo de Barros, do PP do Paraná, causaram indignação e desalento entre o médicos do país, em especial aqueles que ainda se esforçam para se manter no SUS. Essas declarações ministeriais refletiram desconhecimento da realidade, da natureza e da especificidade do trabalho médico e manifestaram um conteúdo de preconceitos velhos e desgastados.

No meio de todo o palavrório o ministro chegou a ser pejorativo, ressuscitou o surrado “finge que paga e finge que trabalha”, e apontou o relógio de ponto como a salvação da lavoura para a crise do SUS. Falou isso como se representasse progresso ou solução decente a equiparação do trabalho médico ao trabalho industrial, fazendo terraplenagem sobre todas as especificidades e necessidades próprias de cada caso. Não apenas revelou desconhecer o trabalho médico, mas também o desinteresse em saber sobre organização do trabalho.
Esqueceu o gestor máximo da saúde que o serviço público tem sido inóspito para a classe médica, colocando-a entre as mais mal remuneradas entre as que exigem formação universitária. Além da questão salarial e, ainda mais grave, temos a precarização do trabalho médico, na forma de terceirizações, bolsas e até formas de contratação que ferem aos mínimos direitos trabalhistas.
Por isso levantaram-se vozes indignadas diante da infamante injustiça. Levantaram-se por toda parte onde havia médicos, com toda a capilaridade que tem essa classe, culminando na cúpula das principais entidades médicas brasileiras.
Em razão de tudo isso, no dia 03 de agosto próximo, na Sociedade de Medicina e Cirurgia, o Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e o CRMMG, erguerão, com ordem e indignidade, sua voz de protesto. Todos os médicos devem sentir-se convocados a comparecer. O ato será 10 horas e 30 minutos