Arquivo do mês: março 2011

Pesquisas de opinião dizem que brasileiros repudiam CPMF

16/03/2011 – 13h17

Pesquisa Ibope mostra que 72% são contra volta da CPMF

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para ajudar a financiar a saúde no país é desaprovada por 72% dos brasileiros, indica pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Ao todo, 20% das pessoas aprovam a volta da cobrança e o restante não sabe ou não comentou.

O levantamento mostra, porém, que o conhecimento da população acerca do tributo ainda é reduzido.

Apenas 37% dos entrevistados sabiam responder o que é a CPMF. O questionamento só pode ser levado adiante após a explicação sobre do que se tratava a contribuição.

Governadores já pediram a volta do tributo ou a criação de uma contribuição semelhante para financiar as despesas com saúde. A presidente Dilma Rousseff já acenou positivamente para esse debate.

Contudo, a pesquisa da CNI mostra que a população brasileira não só é contrária à volta da CPMF como 67% discordam em algum grau da criação de um novo tributo com objetivo de melhorar os serviços de saúde.

De acordo com 75% dos entrevistados, a CPMF é um imposto injusto porque afeta as pessoas independente da renda, e 63% dos entrevistados a creditam que a recriação da CPMF poderá provocar uma alta nos preços.

Na opinião dos brasileiros, o governo já arrecada o suficiente. Para 87% dos entrevistados, a carga tributária é considerada elevada ou muito elevada. Para 79% dos pesquisados, a percepção é de que o valor dos impostos está aumentando.

Na mesma pesquisa, o Ibope perguntou aos entrevistados sobre a percepção deles a respeito da qualidade dos serviços públicos.

De 12 serviços apresentados, apenas quatro –fornecimento de energia elétrica, fornecimento de água, iluminação pública e educação superior– foram aprovados.

Da mesma forma, 81% dos entrevistados apontaram que, em vista da quantidade de impostos que são cobrados, os serviços públicos deveriam ser melhores e 82% acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar impostos para melhorar os serviços públicos.

Para 81% dos brasileiros, a má qualidade dos serviços públicos é responsabilidade mais da má gestão dos recursos do que da falta deles.

A pesquisa CNI-Ibope foi realizada entre 4 e 7 de dezembro de 2010 com 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o grau de confiança de 95%.

http://m.folha.uol.com.br/poder/889474-pesquisa-ibope-mostra-que-72-sao-contra-volta-da-cpmf.html

EMPREGO RUIM É PIOR DO QUE DESEMPREGO E FAX MAL À SAÚDE

Um estudo australiano mostrou que ter um emprego ruim, que paga mal e tem pouco suporte, é tão negativo quanto ser desempregado. Os resultados foram obtidos a partir de uma pesquisa anual feita no país.


De acordo com o estudo, para uma boa saúde mental não basta ter emprego, tem que gostar dele

Foram considerados os dados de pessoas de várias idades e a conclusão foi de que um bom emprego está associado a uma boa condição física e mental. Por isso, além de avaliar a diferença entre aqueles com empregos e os desempregados, os pesquisadores foram mais longe e observaram o quanto a qualidade do trabalho pode influenciar na qualidade de vida destas pessoas.

Aqueles quem tinham emprego, mas não se sentiam satisfeitos com ele demonstraram um declínio na saúde mental com o passar do tempo.

Para se ter uma ideia deste impacto, conseguir um emprego após um período parado melhora a saúde mental em 3 pontos, de acordo com uma escala desenvolvida na pesquisa. Já conseguir uma vaga considerada ruim se mostrou mais danoso do que permanecer desempregado, fazendo com que a houvesse uma perda de mais de 5 pontos na mesma escala.

Além dos benefícios próprios de alguém com um emprego, como o salário, trabalhar ajuda no convívio com outras pessoas ao conferir ao trabalhador um papel na sociedade. A construção de amizades e o aproveitamento do tempo com o trabalho também são considerados como benefícios que ajudam a manter uma boa saúde mental.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,emprego-ruim-e-tao-negativo-quando-o-desemprego,692467,0.htm

Rede Social usada na prevenção ao suicídio

A ONG The Samaritans e o Facebook se uniram para criar alerta de suicídios

O Facebook anunciou o lançamento de um sistema que permite que os usuários comuniquem à equipe do site sobre amigos que eles acham que podem estar considerando o suicídio.

A iniciativa é o resultado de uma parceria com a ONG britânica The Samaritans (Os Samaritanos, em inglês), após uma série de casos polêmicos de pessoas que anunciaram suicídios em suas páginas pessoais.

O novo dispositivo consiste em um formulário específico a ser encontrado na Central de Ajuda do Facebook, em que qualquer pessoa pode detalhar as preocupações que tem sobre outro usuário, dizendo seu nome completo, o endereço da página onde ele postou mensagens suspeitas e dando mais detalhes sobre os grupos a que ele pertence.

O formulário é enviado para a equipe de moderadores do site, que podem acionar a polícia imediatamente caso seja reportado algum caso de intenção de suicídio.

Caso não seja necessária uma ação imediata, as informações serão encaminhadas à ONG britânica, que poderá entrar em contato com a pessoa para oferecer aconselhamento.

Segundo representantes do Facebook, sempre foi uma política da empresa notificar a polícia se um usuário estivesse em risco de dano corporal iminente.

Amigos

A ONG The Samaritans diz que o sistema está operando em modo de teste há três meses, durante os quais recebeu muitos relatórios genuínos e nenhum tipo de brincadeiras.

O mecanismo foi criado para ajudar a prevenir casos como o da trabalhadora voluntária britânica Simone Back, de 42 anos, que morreu no Natal de 2010 após tomar uma overdose de remédios.

Back estava deprimida e escreveu sobre sua intenção de se matar em sua página do Facebook.

Muitos de seus contatos no site comentaram a mensagem, mas nenhum deles acionou qualquer alarme.

Segundo a The Samaritans, o novo sistema não foi lançado em relação com um caso específico, mas para conscientizar as pessoas sobre as maneiras como podem obter ajuda.

Em comunicado, a diretora executiva do grupo, Catherine Johnstone, disse que o sistema pretende “aproveitar o poder da amizade”.

“O Facebook é parte da vida diária de muitos de nós e devemos assegurar que as pessoas que estão online terão ajuda quando precisarem.”

O diretor de políticas do Facebook para a Europa, Richard Allan, disse que, com o novo dispositivo, “os amigos serão encorajados a cuidar uns dos outros no Facebook, como fazem na vida real”. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia,facebook-desenvolve-sistema-para-alerta-de-suicidios,689256,0.htm

Médicos de Juiz de Fora distribuem carta aberta a Prefeito e fazem Assembléia

FAX SINDICAL 14 DE MARÇO DE 2011.

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SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA E DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS

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ASSEMBLÉIA GERAL DOS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA

DE TODAS ÀS UNIDADES, EFETIVOS, CONTRATADOS, TERCEIRIZADOS, MUNICIPALIZADOS, URGÊNCIA, ESPECIALISTAS, ATENÇÃO PRIMÁRIA.

COMPAREÇAM DIA 16. ( D E Z E S S E I S ) DE MARÇO DE 2011. – QUARTA-FEIRA – 19:30 ( D E Z E N O V E HORAS E T R I N T A MINUTOS) NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DE JUIZ DE FORA.

CAMPANHA_SALARIAL_2011. CONTRA – SALÁRIOS PÉSSIMOS – CONDIÇÕES DETERIORADAS DE TRABALHO – TERCEIRIZAÇÃO INDEVIDA – MÁ GESTÃO –

A FAVOR DE PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÃO, DO CONCURSO PÚBLICO E DO CUMPRIMENTO DE LEIS E NORMAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E DO CFM.

A Carta Aberta com a pauta de reivindicações dos Médicos do SUS de Juiz de Fora ao Prefeito Custódio de Matos foi protocolada no Gabinete do Prefeito e publicada na imprensa local. Além disso, a Secretaria Geral do Sindicato solicitou ao jurídico que encaminhasse oficialmente o documento para o Ministério Público Federal, para o Ministério Público Estadual e para o Ministério Público do Trabalho. Ofícios encaminhando a Carta Aberta foram protocolizados para:
1 – Dr. José Nalon de Queiróz – Delegado – Conselho Regional de Minas Gerais.
2 – Dr. Jairo Antônio Silvério – Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora.
3 – Vítor Valverde – Secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora.
4 – Samantha Boechar – Ouvidora Municipal de Saúde
5 – Eriane Pimenta – Presidente do Conselho Municipal de Saúde.
6 – Jorge Ramos – Secretário Executivo do Conselho Municipal de Saúde.
7 – Dr. José Laerte – Vereador – Câmara Municipal de Juiz de Fora.
8 – Dr. José Mansueto Fiorillo – Vereador – Câmara Municipal de Juiz de Fora.
9 – Dr. José Tarcísio – Vereador – Câmara Municipal de Juiz de Fora.

Todas essas pessoas têm conhecimento do assunto e deverão se manifestar, caso se interessem pelo SUS de Juiz de Fora e pela situação dos médicos que nele atuam.Abaixo reproduzimos a Carta Aberta para conhecimento dos leitores e maior divulgação.

Lembramos que caso não haja resposta formal do Prefeito, o Sindicato poderá entrar com mandato de segurança, exigindo a manifestação do chefe do executivo municipal. Casos semelhantes já ocorreram em algumas prefeituras de pequenos municípios.

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Juiz de Fora, 24 de fevereiro de 2011

Ao Exmo. Sr. Dr. Custódio Antônio de Mattos
DD. Prefeito
Juiz de Fora

Exmo. Sr.

Apresentamo-nos respeitosamente, na condição legítima de representação classista dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora, para apresentar a V. Excelência, por meio dessa carta aberta, a nossa pauta de reivindicações. Estamos convictos de que o atendimento ao que é solicitado será uma contribuição histórica de importância decisiva para a solução dos graves problemas da saúde pública, assunto de interesse geral e ,portanto, um mérito indiscutível e permanente de Vossa Excelência.

Isso posto, encaminhamos nossa pauta:

1 – Cumprimento imediato do acordo firmado em julho de 2009 e até hoje não cumprido, com a imediata formação das comissões que irão elaborar a minuta de um plano de cargos, carreira e vencimentos para todos os médicos municipais e verificar as condições de trabalho nos equipamentos públicos de saúde.

2 – Implantação do piso nacional da FENAM – Federação Nacional dos Médicos – órgão maior do sindicalismo da classe médica no Brasil.

3 – Realização de concursos públicos para repor a falta de médicos na rede municipal de saúde, oferecendo já salários dignos, capazes de atrair os profissionais e fixa-los no serviço público.

4 – Realização de eleições para as Comissões de Ética Médica e Diretorias Clínicas para as unidades públicas que não as têm, sob supervisão do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, fazendo, dessa forma, cumprir a lei e contribuindo para a qualificação da assistência médica prestada na cidade, que deve se enquadrar nos ditames legais.

5 – Criação de gratificação de médicos plantonistas que reconheça o tempo de serviço prestado pelos profissionais e os valorize com remuneração digna e compatível com difícil e essencial tarefa que eles exercem.

6 – Imediata inspeção a ser realizada pela Vigilância Sanitária e pelo Ministério do Trabalho dos ambientes onde se realiza assistência médica na Prefeitura de Juiz de Fora, com interdição e realização pronta de obras emergenciais e serviços de manutenção urgentes naqueles que não estiverem conformes as normas técnicas e legislação. Imediata instituição do prontuário médico em todos os estabelecimentos públicos de saúde, evitando o descumprimento continuado das normas do Conselho Federal de Medicina e riscos e prejuízos para médicos e pacientes.

7 – Compromisso público da Prefeitura de Juiz de Fora com a realização de cursos de atualização, especialização, treinamento, formação, aperfeiçoamento, às expensas do empregador, para o aperfeiçoamento e melhoramento continuado e consistente dos profissionais médicos que atendem à população de Juiz de Fora pelo SUS.

Aguardando uma apreciação positiva e justas providências de Vossa Excelência, apresentamos nossos protestos da mais alta consideração e lídima estima.

Atenciosamente,

Gilson Salomão Jr.
Presidente do Sindicato
pela Diretoria do
Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata de Minas Gerais

Saúde Pública: Em Juiz de Fora a Polícia Militar tentou retirar médico de serviço de cuidados intensivos.

ARBITRARIEDADE EM PRONTO SOCORRO: POLICIAIS MILITARES TENTAM ARRANCAR MÉDICO DE SALA DE URGÊNCIA.

Em Juiz de Fora a Polícia Militar de Minas Gerais tentou tirar médico de sala de urgência para conduzi-lo a delegacia de polícia, pondo em risco a vida de dezenas de pessoas. Não havendo médico disponível na porta do hospital, devido às precárias condições de trabalho e aos salários tacanhos pagos pela Prefeitura de Juiz de Fora, não sendo capaz o empregador de atrair e fixar profissionais, gera frequentemente esse tipo de situação. Um médico que ingresse hoje no serviço público municipal de Juiz de Fora receberá salários inferiores aos de um soldado da Polícia Militar. O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora tem denunciado essa situação grave e dramática às autoridades e à sociedade civil.

Acreditamos ser atitude fácil demais para a Polícia Militar de Minas Gerais invadir um hospital público e, excedendo-se em todos os seus poderes, tentar prender o único médico plantonista da sala de urgência, onde ficam pacientes em risco de morte. A ação foi frustrada pelo diretor clínico, que acompanhou os policiais, em sua presumida valentia, até às repartições policiais. Por certo podem supor agradar ao público com essas ações, como outrora agiram corpos policiais como a Gestapo ou a KGB, que paravam suas ações repressivas ao sabor ideológico da propaganda de seus atos. Deviam ser violentos e populares, temidos e aplaudidos, ainda que diante dos mais fortes abusos. Essa é a maneira de funcionar dos estados policiais e policialescos.

Seria um insânia a toda prova remover de seu trabalho um único médico que está à cabeceira do leito de pessoas que correm risco de morrer. Só mesmo o mais arbitrário dos agentes poderia supor ação tão violentamente cruel e arriscada. Apenas pessoas despreparados poderiam cometer um ato de tamanha malignidade.
Os verdadeiros responsáveis por essa situação poderiam os valorosos milicianos encontrá-los não entre as paredes de um hospital carente de recursos humanos e materiais, mas no Paço Municipal, onde estão instalados os que têm a responsabilidade de garantir condições honestas de atendimento à nossa população, oferecendo recursos humanos e materiais para o trabalho decente.

Fosse a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais mais eficaz e corajosa em coibir o comércio da cocaína e do crack e a ação de gângs, ela contribuiria de forma importantíssima para diminuir a demanda dos serviços de urgência médica. Mas parecem julgar ser mais fácil e popular invadir hospitais e privar doentes do único médico que os assiste em situação de extrema necessidade, como se eles, em nome da lei, estivessem cumprindo missão humanitária.

Contam que quando foi promulgado o AI5, o vice-presidente Pedro Aleixo teria protestado junto ao General Costa e Silva, presidente da República, dizendo que não se preocupava com aquele excesso de poderes nas mãos do general, mas que temia o uso que faria daquela ferramenta de recessão o guarda da esquina.

Não pode parecer bom para as pessoas sensatas e de boa vontade esse tipo de ação, que só ganharia espaço e destaque em programas sensacionalistas de qualidade duvidosa. Não pode parecer boa a presunção de que a classe médica é impopular e mal considerada pela opinião pública a ponto de se considerar tais operações policiais como dignas de aplauso. Pesquisas de opinião conferem aos médicos melhor avaliação do que aquela dada aos policiais. Ademais, sendo todos, policiais e médicos do HPS, servidores públicos, deveria haver em todas essas ações uma noção de bem público, bem superior a atos truculentos e açodados.

Em parte alguma do mundo civilizado pareceria bom remover um médico de um hospital público, na beira do leito de pessoas em risco, para conduzi-lo a alguma delegacia de polícia. Em Juiz de Fora, quem provê os recursos humanos necessários ao funcionamento adequado das unidades de saúde é a Prefeitura e qualquer pessoa medianamente esclarecida sabe disso. Falta avisar isso à Polícia Militar.