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Superfaturamento e precariedade enfraquecem sistema público de Saúde no Brasil

***** Fax sindical ***** –
19 de março de 2013 –

Sindicato dos médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata de M.G.

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***** Aviso sindical importante *****

Tempo de mobilizar – sindicato dos médicos e PrefeiturA de juiz de fora em negociações

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No próximo dia 25 de março, segunda-feira, está agendada mais uma reunião entre representantes do Sindicato e da Prefeitura. Além do SecretáriO de Administração, Dr. Alexandre Jabour, está prevista a presença do Secretário de Saúde, o ex-vereador Dr. José Laerte. Há grande expectativa em todos os médicos municipais quanto ao progresso das negociações. O vencimento básico inicial de um médico municipal em Juiz de Fora é inferiOr a 3 salários mínimos e 25 por cento menor que o nível superior da Prefeitura e não há plano de cargos, carreiras e saLários definido para a categoria. A falta de médicos prejudica o funcionamento de vários setores. Entre os profissionais falta motivação e há muito estresse e descontentamento. Pedidos de demissão são frequentes e a precariedade é elevada.

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PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE DA PREFEITURA DO RIO: TRIBUNAL DE CONTAS MOSTRA R$ 10 MILHÕES  DE SUPERFATURAMENTO!

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(Veja Online, 17/03) 1. Uma investigação do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro descobriu uma série de irregularidades no subsolo das contas mais visadas quando se fala em hospital público. O relatório de inspeção extraordinária do TCM, de março de 2012, encontrou a seguinte situação nos contratos do pregão 110/2010: serviços de lavanderia contratados por 22,6 milhões de reais poderiam ter custado quase a metade, 10,6 milhões de reais.
           
2. A façanha da multiplicação, que fez a prefeitura mandar pelo ralo 10 milhões de reais a partir de 2010, envolve um grupo de empresas que se valeram de uma cascata de irregularidades, que começa com a apresentação de preços altos à pesquisa feita para embasar o valor da licitação, e termina com a falta de fiscalização na pesagem das roupas que são lavadas. Os contratos de lavanderia da rede municipal de saúde se sustentam em um emaranhado de recursos que, na prática, fazem com que as licitações não cumpram seu propósito de selecionar os melhores preços e serviços para o bem público.

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Atenção básica em saúde – estratégia saúde da família – precariedade e crises comprometem normalidade dos serviços – mais um caso: Pernambuco

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Criado como alternativa para a atenção básica o ESF, denominado anteriormente PSF (Programa de Saúde da Família), enfrentou desde o início, graves dificuldades. A principal, sem dúvida, foi a carência de uma política de recursos humanos consequente, séria e consistente, capaz de atrair e fixar os profissionais. Essa carência, tenta-se agora suprir com a criação de uma carreira de estado para médicos.

Em razão desse vício de origem, vimos situações inusitadas, como a suspensão do programa com demissão de profissionais em várias localidades. Em ano eleitoral lemos notícias disso com frequência, por parte de candidatos derrotados à reeleição. Essa distorção, que prejudica milhares de profissionais e milhões de usuários do sistema publico de saúde, é propiciada pela contratação precária, sob a forma de contratos temporários e terceirizações, além de outros subterfúgios usados por gestores públicos para fugir ao cumprimento do concurso público, claramente determinado no Artigo 37 da Constituição Federal.

Em decorrência desses problemas, velhos e renovados sempre, vemos a crise atingir frontalmente a atenção primária no SUS de Pernambuco. É o que se descreve na notícia que reproduzimos a seguir.

Grito de Alerta no Estratégia de Saúde da Família do Recife
Postado por Natália Gadelha em março 7, 2013
 

Como é do conhecimento, as Unidades de Saúde da Família são instaladas no seio das comunidades de maior risco e vulnerabilidade. Por este mesmo motivo em geral são locais de difícil acesso, zonas de conflito e alta tensão social, onde os indicadores de violência são elevados.

Os médicos da estratégia de Saúde da Família do Recife têm nos procurado denunciando os problemas que estão enfrentando, bem como a insegurança nos postos de trabalho.

As equipes de saúde da família têm sido atingidas cronicamente com a precariedade das instalações das unidades, o que já foi objeto de fiscalização deste órgão. A partir do último trimestre de 2012 começam a ocorrer diversas crises de desabastecimento, e o ano de 2013 inicia com uma nova gestão, porém com problemas crônicos agudizados, que se mantém.

Recebemos queixas de uma série de problemas na rede assistencial de Recife que colocam o usuário dentro destes serviços extremamente limitados pelas circunstâncias que a seguir passamos a expor:

Déficit de recursos humanos na área fim, ou seja, não só de médicos, mas de todos os outros profissionais que fazem a rede de apoio (NASF, NAPI.
Déficit de recursos humanos na área “meio”, técnicos de enfermagem e odontologia, de farmácia, apoio administrativo, serviços gerais e vigilância.
Precariedade ou mesmo falta de recursos de apoio diagnóstico, não há p.ex.sorologias de HIV, toxoplasmose, VDRL, hepatite B, essenciais ao pré-natal, e recebemos listas de falta de exames laboratoriais, ßHCG, transaminases, hemoglobina glicada, TSH, T4 livre, hemograma e sumário de urina. Para não citar as dificuldades com exames de imagem e outros de maior complexidade.
Marcações de longa espera ou inexistentes para diversas especialidades de acordo com o distrito, tais como neurologia, nefrologia, reumatologia, ortopedia, psiquiatria, urologia, dentre outros.
Irregularidade no fornecimento ou falta de medicações, variando conforme o distrito, o que põe em risco o usuário e o trabalho desenvolvido ao longo do tempo na assistência ao hipertenso, ao diabético, portadores de hanseníase, planejamento familiar etc.
Falta de impressos, desde simples receituários, até os de controle especial e notificação B. Bem como impressos específicos da estratégia.
Compreendemos que os períodos de transição causam uma série de transtornos, porém, o trabalho médico nestas circunstâncias é absolutamente comprometido, com pré-natal de baixíssima qualidade, bem como a assistência de um modo geral. Vale salientar que denunciamos esta situação em 10 de dezembro de 2012, conforme publicado em nosso site (Anexo I) sob o título “Médicos e população querem ter uma saúde pública melhor” (http://www.simepe.org.br/novoportal/?p=9926).

A população percebe, mas não tem claras as limitações expostas, gerando situações diversas de tensionamento, que em primeira instância colocam as equipes de Saúde da Família e o médico como figuras centrais das cobranças dos serviços.

Por sua vez, o déficit de recursos humanos para gerenciar os seis distritos é muito grande, com cargos vagos, fazendo com que as equipes não tenham respaldo, nem respostas às diversas demandas surgidas no território.

A bem da verdade, compromisso, ética, responsabilidade e boa vontade não são suficientes para a execução de serviços de saúde. A população e os profissionais de saúde estão expostos às conseqüências da falta de recursos na saúde de Recife, os primeiros por serem lesados, os segundos por co-responsabilidade.

Simepe – Sindicato dos Médicos de Pernambuco
Publicado em:
http://www.simepe.org.br/novoportal/?p=11915

Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora ordem socorro!

FAX SINDICAL 912

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DATA: 06 DE JULHO DE 2011
DE: SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA E ZONA DA MATA MG

Assunto: Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora mantém resistência e mantém boicote à biometria enquanto prefeito Custódio recusa negociações.

AVISO IMPORTANTE:

PRÓXIMA ASSEMBLÉIA

PRÓXIMA ASSEMBLÉIA SERÁ NA TERÇA-FEIRA, 12 DE JULHO, DEZENOVE HORAS E TRINTA MINUTOS, NA SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA. POR FAVOR, PARTICIPE, DIVULGUE, CHAME COLEGAS DE TRABALHO, MOBILIZE. ASSEMBLÉIA CHEIA É UMA RESPOSTA À TRUCULÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL QUE SUJEITA MÉDICOS A SALÁRIO DE 1.300 REAIS!

SEM ACORDO NÃO TEM BIOMETRIA

BOICOTE À BIOMETRIA! Sem acordo não tem biometria. Sem acordo não tem biometria. Sem acordo não tem biometria. Sem acordo não tem biometria. Sem acordo não tem biometria. Sem acordo não tem biometria.

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Quando os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora deflaram a greve, no dia 02 de maio, estavam decepcionados e frustrados com as negociações com a administração do prefeito Custódio de Matos. Desde 2009, apesar de sucessivos pedidos, o prefeito nunca recebeu a representação classista dos médicos. O Sindicato pede melhores condições para atender à população e salários decentes. Após meses de tentativas frustradas de negociações, a assembléia votou pela greve.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, apesar de todo zelo do sindicato em manter a legalidade do movimento, declarou a ilegalidade. A assembléia acatou a decisão da Justiça, mas aprovou o boicote ao ponto biométrico. Era a forma de resistência diante da opressão e da falta de acordo.

Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira, 6 de julho, o sr. Vitor Valverde, representante de Custódio de Matos, exigiu que se suspenda o boicote à biometria para que se negocie a reposição dos dias parados. Nenhuma nova proposta. Nada quanto à reestruturação da carreira ou à reconstituição do aviltado salário inicial dos médicos ( menos de um mil e trezentos reais com descontos fiscais e previdenciários). Nada quanto a qualquer dos 7 itens da pauta de reivindicações apresentada ao Prefeito Custódio. Sinal vermelho para os médicos da Prefeitura. Falta de diálogo constatada e comprovada.

O que Custódio de Matos espera com essa deterioração das relações trabalhistas contra os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora.

Na Assembléia de 5 de julho a categoria decidiu encaminhar ofício a chefias e autoridades dizendo que, caso não se forneçam imediatamente prontuários médicos nos serviços que não os tenham, não haverá realização de consulta agendada.
Atender sem prontuário expõe o paciente e o médico a erro médico e a iatrogenia e fere o Código de Ética Médica, expondo os profissionais e seus chefes a processo ético.

A Lei Federal 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto 44.045, de 19 de julho de 1958, modificado pelo Decreto 6.821, de abril de 2009 e pela Lei 11.000, de 15 de dezembro de 2004, conferem aos Conselhos de Medicina a capacidade de normatizar e regularizar o exercício ético da Medicina. O Código de Ética Médica diz que “é vedado ao médico deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente” (Art. 87). Está no Capítulo II, IV que “é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.”

São coisas que as nossas autoridades, que se propõe a fiscalizar o cumprimento da lei, cochilam e não vêem.

Mobilize! Denuncie! Documente! Grave! Fotografe!

Acompanhe o Fax Sindical em Clique aqui e acompanhe o Fax Sindical no Twitterhttp://twitter.com/faxsindical
Fonte:
http://sindicatoexpresso.blogspot.com/2011/07/fax-sindical-912-06072011.html

Médicos de Juiz de Fora mantém greve contra descaso da Prefeitura com a saúde pública

FAX SINDICAL 898

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DATA: 28 DE MAIO DE 2011

DE: SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA E ZONA DA MATA MG

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ATENÇÃO MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA!

A PRÓXIMA ASSEMBLÉIA GERAL SERÁ NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, 1 DE JUNHO, 19 HORAS E 30 MINUTOS, NA SOCIEDADE DE MEDICINA.

PARTICIPE! DIVULGUE ! MOBILIZE!

Nessa Assembléia será marcado um novo ato público. Durante a semana a adesão ao movimento foi excelente e estável. Nos dias 23, 24 e 25 foram ouvidas as primeiras inserções radiofônicas da campanha 2011 dos médicos. Também começou a preparação do abaixo-assinado pedindo ao Prefeito Custódio atenção para a crise da saúde. Foi realizado, com êxito e repercussão, ato público com apitaço e passeata nas ruas centrais da cidade. O movimento continua firme, derrotando o descaso da atual administração e enfrentando corajosamente o assédio. Novas ações para reforçar o movimento serão discutidas pelo comando de greve. O fundo de greve continua recebendo doações e o resultado está nas melhores expectativas.

Nessa segunda-feira está prevista reunião com o secretário de Custódio. Esperamos um contraproposta séria, que não desperte indignação ou risos, como foram as anteriores.

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JUIZ DE FORA: PREFEITURA ATRASA NEGOCIAÇÕES, FORÇA MÉDICOS A MANTER GREVE E PROLONGA CRISE DO SUS

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

Por que Custódio de Matos quer prolongar a greve dos médicos?

Em 26 dias de greve foram encaminhadas apenas propostas genéricas e superficiais. A proposta de um novo piso salarial para a carreira de médico sequer se aproximou da reivindicação da categoria (item 2 da pauta de reivindicações) que pede a implantação do piso nacional da Fenam. As contrapropostas não falavam de valores determinados e nem tratavam de outros pontos de pauta. O item 1 da pauta de reivindicações, que tratava de fazer cumprir o acordo de 2009 não foi abordado, em nenhum momento, comprometendo a credibilidade das negociações com o representante de Custódio de Matos (PSDB MG), o Sr. Vitor Valvarde (PDT MG). Ele insiste em destruir até a progressão da carreira dos médicos, assunto que não foi acertado nem com o SINSERPU e nem com o SINPRO. As negociações não representam avanço porque Vitor propõe retrocessos. O salário inicial de um médico da Prefeitura continua inferior aos 3 mínimos da Lei 3999 e 25% inferior ao nível superior da Prefeitura, além de ser 7 vezes inferior ao piso da FENAM. Traduzem os números uma política equivocada e de intenções duvidosas para recrutamento e fixação de mão de obra altamente qualificada. E nem uma recuperação a médio e longo prazo desse piso degradante é apresentada pela Prefeitura. Esses são os fatos que podemos apresentar à apreciação de todos.

Apesar de todo o desconforto gerado pela greve, a prefeitura permaneceu indiferente a médicos e usuários do SUS. Em nenhum momento o Prefeito Custódio de Matos recebeu a representação classista da categoria. Nessa semana foi formalmente protocolizado um pedido de audiência e, até o fechamento dessa edição, não havíamos tido qualquer resposta da Prefeitura. Aparentando ignorar a gravidade da crise, o secretário do Prefeito Custódio, Vitor Valverde, apenas agenda uma reunião semanal (e nesta semana nem se reuniu com os sindicalistas médicos) e mantém o envio de contrapropostas vagas e pouco resolutivas.

Que tática é essa do Prefeito Custódio? Que interesses e motivações presidem essa atitude negativista? Esse é um assunto para a reflexão da população de Juiz de Fora. O descaso do Prefeito para com a categoria médica e o SUS.

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O DEPOIMENTO DA PROFESSORA – Descaso + Assédio = crise + revolta

Depoimento da Professora Amanda Gurgel, perante a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, no You Tube ganhou repercussão nacional. Copie o link abaixo e assista. Vale a pena ver de novo. A situação dos médicos da rede pública não é muito diferente.

Chama atenção o assédio do Ministério Público do Rio Grande do Norte, que atacou os professores querendo-os proibir de se alimentar na escola com a merenda escolar. Fizeram abstração de todos os outros problemas apontados pela professora e apontaram, como fariseus, o único fato dos professores usarem a alimentação escolar.

Confira o depoimento:

Postado por Secretaria Geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais
http://sindicatoexpresso.blogspot.com/2011/05/fax-sindical-898-medicos-municipais-e.html

CFM recorre contra decisão que proibiu médicos de cobrar de usuário valor superior à tabela dos planos de saúde

CFM recorre contra decisão que proibiu médicos de cobrar de usuário valor superior à tabela dos planos de saúde

16/5/2011 18:10,  Por Agência Brasil

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho Federal de Medicina (CFM) recorreu hoje (16) à Justiça Federal contra decisão da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que proibiu os médicos de cobrar valores superiores aos pagos pelos planos de saúde por consulta (estabelecidos em tabela) ou ainda de paralisar suas atividades.

A entidade quer a suspensão da medida preventiva estipulada pela secretaria. No último dia 9, a SDE proibiu os profissionais de cobrar consultas e serviços com base na tabela elaborada pela categoria, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) – que fixa valores acima dos pagos pelos planos. Para a secretaria, a tabela fere a ampla concorrência e o direito dos usuários dos planos.

Na ação, o CFM alega ter condições legais para orientar a classe médica a buscar melhor remuneração pelos serviços prestados às operadoras de planos de saúde. Segundo o conselho, ao impor a proibição, a secretaria “extrapolou sua competência legal”.

A SDE alega que o conselho e outras entidades médicas têm promovido paralisações, como a que ocorreu no dia 7 de abril, e o descredenciamento em massa dos profissionais para forçar as operadoras a reajustar os valores pagos. Ainda de acordo com o órgão, as entidades punem os médicos que não aderem ao movimento.

O CFM afirma que a adesão dos médicos ao movimento é facultativa e não há aplicação de sanções. O conselho argumenta que a saída dos médicos dos planos ocorre conforme as normas estipuladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A SDE encaminhou o processo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). E o CFM pediu ao Cade revisão das medidas da SDE por falta de argumentação. A secretaria recomendou a proibição também à Associação Médica Brasileira (AMB) e à Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Edição: Lana Cristina/
http://correiodobrasil.com.br/cfm-recorre-contra-decisao-que-proibiu-medicos-de-cobrar-de-usuario-valor-superior-a-tabela-dos-planos-de-saude/240702/

Tramitação no Congresso de Projeto que corrige salários de médicos e dentistas

A Lei 3.999/1961, foi uma importante conquista para médicos e dentistas, ao definir um piso salarial profissional e uma carga horária especial para mão de obra altamente qualificada, num momento que o país passava por grandes transformações.

Com o passar do tempo a lei apresentou defasagens e expôs suas limitações. Como ela não obrigava governos federal, estaduais e municipais a cumpri-la, houve uma progressiva precarização do trabalho nesses setores, atestada pelos salários horríveis e escandalosamente inferiores aos de mercado.

O piso de três salários mínimos também tornou-se obsoleto. Esse projeto de lei três, se aprovado, o valor de contribuir com a dignidade de profissões que lidam diretamente com aspectos importantes da saúde e da qualidade de vida das pessoas.

Atualmente é a seguinte a tramitação do projeto:

PL-03734/2008 –
Altera a lei n.º
3.999, de 15 de
dezembro de 1961,
que altera o salário-
mínimo dos médicos
e cirurgiões-
dentistas.

  • 21/03/2011Prazo para Emendas ao
    Projeto (5 sessões
    ordinárias a partir de
    22/03/2011)
  • Justiça estadual é indiferente a direitos trabalhistas de médicos

    Justiça condena médicos de cidade pernambucana a voltarem ao trabalho com salários precários. Sentença não obriga Prefeitura a negociar. Médicos municipais de Camaragibe começarão a pedir demissão.

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    07/10/2010 |

    Camaragibe

    Médicos vão pedir demissão após serem obrigados a voltar ao trabalho

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    Os médicos que trabalham na rede municipal de Camaragibe, terão que retornar ao trabalho a partir desta quinta-feira. Mandado de liminar expedido na tarde de ontem pelo juiz Luis Correia da Silva, decretou o movimento ilegal e ameaçou aplicar uma multa diária de R$ 5 mil ao Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) caso a decisão não seja cumprida.

    Em assembleia geral realizada ontem à noite, a categoria resolveu acatar a liminar judicial, mas aprovou a proposta do início do movimento de demissão nos próximos dias.De acordo com o presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, a entidade já conta com 30 pedidos em mãos e a tendência é aumentar até a próxima semana.

    Segundo ele, todos os procedimentos legais foram cumpridos, como prazo de 72 horas para iniciar a greve e 30% dos profissionais trabalhando nos serviços de urgência e emergência, no Cemec Centro. Paralelamente ao processo de demissão em massa, a Defensoria Médica do Simepe vai recorrer da decisão, no intuito de validar o movimento grevista, como também acionará judicialmente a prefeitura no Ministério Público do Trabalho (MPT), e o Ministério Público Estadual (MPPE).

    Segundo o Simepe, alguns direitos previstos em na CLT não estão sendo cumpridos pela atual gestão municipal, como falta de licença para tratamento de saúde, licença maternidade e os salários abaixo do mercado de trabalho.

    Entre as principais reivindicações da categoria está a equiparação salarial com outros municípios da Região Metropolitana. Camaragibe paga R$ 1.100 de salário-base, enquanto o Recife possui uma remuneração de R$ 3.060, de acordo com o Simepe. Além disso, os médicos lutam ainda por condições de trabalho e estruturação das unidades de saúde, produtividade e criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).

    A próxima assembleia está marcada para a próxima quarta-feira, na sede do sindicato, quando serão recolhidas as cartas de demissão que devem ser entregues até a sexta-feira.

    Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

    Médicos se sacrificam enquanto aguardam reconhecimento no serviço público.

    13/12/2009 – 12:41
    Apenas um médico plantonista para atender o hospital do Conjunto Ceará

    A falta de médicos no setor de emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza, voltou a gerar reclamações de pacientes e acompanhantes neste fim de semana. Apenas um clínico geral atendeu a grande demanda.

    A manhã foi de muito sufoco para o único médico plantonista e para quem esperava atendimento. Do lado de fora, a indignação dos acompanhantes como Maria Luana, de 69 anos, que acompanhava o marido no hospital. O estado dele épreocupante, mesmo depois de quatro horas de espera, o marido continuava esperando atendimento na emergência.

    Médico e administração do hospital reconhecem o problema

    A administração do hospital reconhece o problema. O único clínico geral de plantão na emergência e na unidade de terapia de urgência era o doutor Luiz Carlos que fez uma espécie de mutirão. O médico confirma que a falta de profissionais é um problema recorrente no hospital do Conjunto Ceará.

    Concurso: 178 vagas de médicos preenchidas

    De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde de Fortaleza, os médicos que fizeram o concurso público realizado em 2008 já foram chamados. As 178 vagas foram preenchidas. Para atender àdemanda existente, a secretaria pretende, no início de 2010, convocar os médicos que integram a lista dos classificáveis, mas isso depende ainda da votação da Câmara de Vereadores para a criação dos novos cargos.

    http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=278188&modulo=178

    Uma jornada de até 20 horas por dia
    Médicos se desdobram em plantões para aumentar a remuneração
    Renata Tavares
    Repórter
    Jornal Correio de Uberlândia
    Atualizada: 13/12/2009 – 18h06min

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    Desdobrar-se, esticar a agenda, atender mais de 20 pacientes por dia e trabalhar cerca de 20 horas diárias. É esta a realidade vivida pela maioria dos médicos de Uberlândia, segundo o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (SMMG). O cenário da profissão não era o que eles esperavam quando estavam na faculdade.

    Residente em clínica médica, o recém-formado Marcelo Mendonça cumpre o segundo ano da especialização e conta que trabalha mais de 15 horas por dia em dois empregos. O horário de trabalho é relativo. São obrigatoriamente 60 horas semanais, porém quando se tem outro emprego, essa carga horária chega a dobrar. Quando estou de plantão chego a fazer 36 horas corridas, disse.

    O motivo para tanto trabalho, segundo o médico especialista em clínica-geral Luiz Henrique Guerreiro Vidigal, está na tentativa de garantir uma boa remuneração, já que o piso salarial, segundo ele, é baixo. Infelizmente hoje a remuneração do médico não é como era antes. Hoje há muitos convênios, que diminuem o rendimento.

    Além de dar aulas na Universidade Federal de Uberlândia, o médico tem consultório em dois hospitais e assume a gerência de um deles. Estou há 10 anos na profissão e sempre tive de trabalhar muito para conquistar uma remuneração que garantisse qualidade de vida para minha família.

    A tripla jornada, segundo os cinco médicos entrevistados pela reportagem do CORREIO de Uberlândia, é considerada uma prática comum na dentro da profissão. Porém, de acordo com o psiquiatra José Sardella, se o profissional não estabelecer limites, pode chegar a um nível de estresse alto, que pode levar ao desgaste físico e emocional. Muitos casos são irreversíveis, disse.

    O psiquiatra ressalta que para qualquer tipo de profissional é importante manter uma qualidade de vida saudável, com pelo menos 8 horas de sono por dia. É importante ele manter essa higiene do sono, para que descanse e não sofra desgastes mentais.

    Até 48 pacientes na agenda

    Quem também estica a agenda é o cirurgião plástico Joaquim Lima Junior. Falar com ele foi verdadeiramente um desafio. O cirurgião, que só pode atender uma semana após o primeiro contato, atende mais de 40 pacientes por dia. A maioria dos atendimentos é retorno cirúrgico.

    A agenda do profissional só tem vaga para agosto de 2010 e ele chega a trabalhar mais de 15 horas por dia. Faz mais de 15 anos que não almoço em casa. Dependendo do dia, chego a fazer três cirurgias, disse.

    O motivo para tanta dedicação, segundo ele, é o amor pela profissão. O médico conta que não tem problemas para dormir e procura se alimentar da melhor forma possível. Geralmente começo às 7h e vou até 22h. Nesse espaço procuro comer algo saudável para não comprometer a saúde.

    Profissionais reduzem carga
    Paulo Augusto

    Waldely de Paula vai mudar a rotina para se dedicar mais à filha, Marina, de 14 anos

    Vida de médico não é normal. Foi assim que a ginecologista e obstetra Waldely de Paula iniciou a entrevista. Segundo a médica – que é sócia-proprietária de uma clínica de reprodução humana e realiza diariamente duas cirurgias, em média, além de atender pacientes no consultório -, no início da carreira, ela torcia para que a agenda ficasse lotada. Hoje, com 25 pacientes por dia, ela tenta reduzir o trabalho. Adoro atender, mas a sobrecarga está pesando, pelo fato de eu acordar às 6h e trabalhar até as 21h.

    Há 25 anos na atividade, Waldely revelou que, no próximo ano, pretende renunciar à obstetrícia (que estuda a reprodução da mulher, a gravidez e o parto). O motivo, segundo ela, é a falta de tempo. Pretendo me dedicar mais àminha filha. É hora de reformular o que quero da minha vida, disse.

    Essa não será a primeira renúncia da ginecologista. Ela foi professora na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) por 15 anos e recentemente deixou as aulas. Gostava muito de dar aula, mas tive de fazer uma escolha, justamente porque me deixava sem tempo.

    Família precisa compreender

    A correria do cotidiano, muitas vezes, não permite que o profissional desfrute com a família de momentos corriqueiros, como o almoço, o café, o jantar ou até mesmo assistir a um filme no meio da semana, por isso, segundo a mulher do clínico-geral Luiz Henrique Guerreiro Vidigal, a nutricionista Daniela Name Chaul, é preciso ter paciência. Nem sempre temos tempo para o lazer e sempre me adapto aos horários dele.

    O ortopedista Leandro Gomide, formado há 11 anos, trabalha como assistente na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), atende em um hospital especializado e realiza plantões esporadicamente. Segundo ele, quase todos os meses adia um compromisso por ter emergências no hospital.

    O residente Marcelo Mendonça diz que abre mão de momentos de lazer, como festas e reuniões familiares por causa do trabalho. Às vezes, a família reclama, mas eles entendem que estou no início da careira e preciso trabalhar para conseguir realizar meus sonhos.

    Com a ginecologista Waldely de Paula não é diferente. Segundo ela, por muitas vezes, precisou cancelar viagens programadas para fins de semana por causa dos partos.

    Segundo o cirurgião plástico Joaquim Lima, que é casado há 20 anos e tem 4 filhos, o tempo para a família é reservado somente para o fim de semana. A gente sempre aproveita o pouco tempo que tem no sábado àtarde ou no domingo. A família acaba se acostumando com essa falta de tempo.

    Saúde pode ser prejudicada

    Acumular o sono para o fim de semana, comer um salgado e tomar um refrigerante em vez de almoçar corretamente, e não ter tempo para fazer exercícios físicos. Este estilo de vida, embora seja condenado pelos médicos, éadotado por muitos deles.

    O residente Marcelo Mendonça ressalta que chega a dormir menos de seis horas por dia durante a semana. Ele ainda revela que o sono é deixado para os dias de folga. O que não recomendamos aos outros fazemos com frequência, disse.

    O mínimo que não se deve fazer, segundo o médico Luiz Henrique Guerreiro Vidigal, é fumar e beber, além de se alimentar bem e nos horários certos. Porém, segundo ele, comer a cada três horas, como ele mesmo recomenda, écomplicado. Eu tomo café, almoço direito, mas não consigo comer no período da tarde. Deixo para comer quando chego à minha casa, já por volta das 21h, disse. Já a prática de exercício físico, o residente e o médico abandonaram por falta de tempo.

    Quem também deixou de lado os exercícios físicos foi a ginecologista Waldely de Paula. Segundo ela, no último semestre foi difícil realizar a sagrada musculação. A gente sempre orienta, mas nem sempre é possível fazer. Pretendo retomar no próximo ano.

    Jornada extensa não é ilegal

    Trabalhar até 80 horas semanais, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Cristiano da Mata Machado, não é ilegal, uma vez que a maioria dos profissionais é autônoma. Muitas vezes, ele tem consultório, mas atende em outros estabelecimentos e em cada um deles cumpre a jornada de 20 horas [determinada por lei].
    De acordo com o presidente do SMMG há uma luta perante o Senado para a adequação da jornada de trabalho e também para o reajuste do piso salarial, que hoje não tem valor determinado, para R$ 8.239. Temos debatido muito essa questão, porque se melhora a remuneração, melhora o atendimento ao público, disse.

    Salários

    Segundo o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, os salários são determinados pelos próprios hospitais, porém hoje os médicos, em grande maioria, são conveniados, o que, de certa forma, reduz o rendimento. Os convênios pagam em média R$ 30 por consulta. Então o médico precisa se desdobrar para ter um rendimento salarial razoável, disse.
    O ortopedista Leandro Gomide reclama da baixa remuneração. Segundo ele, por este motivo, o médico tem atendido mais pessoas em menos tempo por consulta. Estamos deixando de ter um relacionamento próximo com o paciente para ter uma consulta mais rápida e objetiva, para caber mais na agenda, justamente porque o valor pago pela consulta é baixo.

    Saúde pode ser prejudicada

    A ansiedade, depressão, insônia, desgaste mental, distúrbios alimentares e dependências químicas, segundo o psiquiatra José Sardella são as principais doenças diagnosticadas nos médicos devido ao trabalho excessivo. Muitas vezes, a pessoa chega a um quadro irreversível.

    Segundo o psiquiatra é importante que os médicos, assim como todos os profissionais de todas as áreas, mantenham hábitos saudáveis, como dormir bem. Para isso, o psiquiatra dá a dica: Vápara a cama assim que sentir sono, isso proporcionará que você durma tranquilamente.

    O profissional que não cuida da saúde, segundo o psiquiatra, compromete além da dele a do paciente também. Quanto mais comprometido está, mais atenciosa a pessoa tem de ficar. O homem é falho, mas com toda essa agitação a probabilidade de falhas aumenta.

    http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2009/12/13/42283/uma_jornada_de_ate_20_horas_por_dia.html

    Telegrama Sindical 186

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    -.- TELEGRAMA SINDICAL N°.186 -.-
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    Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
    28 de outubro de 2009.
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    O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora saúda todos os trabalhadores do serviço público, com especial destaque para os médicos que atuam em serviços públicos de saúde e outros áreas.

    Trabalhadores do serviço público mantém atendimento à saúde da população brasileira, a educação da nossa juventude, a segurança das nossas ruas, o tráfego de nossas cidades e tantas outras áreas importantes, enfrentando, não raro condições adversas de trabalho e o sacrifício mensal de salários ruins.

    Essa data não pode passar em branco. União e resistência são importantes, enquanto ainda sobrevive o espírito daninho do neoliberalismo e suas idéias sobre estado mínimo.

    SINDICATO DOS MÉDICOS DE PERNAMBUCO TAMBÉM MANIFESTA PUBLICAMENTE SUA OPINIÃO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS.

    Ao lado de centrais sindicais e do Conselho Nacional de Saúde e de entidades representativas do sindicalismo e do movimento social, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco vem somar o seu posicionamento cristalino e contrário à precarização e desregulamentação do trabalho no serviço público na área de saúde, usando o artifício de organizações sociais.

    Mesmo não sendo matéria pacífica nos nossos tribunais e nem nas doutrinas do Direito Administrativo e do Trabalho, gestores públicos usam a inspiração neoliberal para impor aos trabalhadores e usuários dos serviços públicos de saúde o ESTADO MÍNIMO das fundações privadas e organizações sociais.

    O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora apoia integralmente a posição dos colegas pernambucanos expressa na nota que transcrevemos abaixo.

    Acreditamos ainda na isenção da imprensa livre.

    Pedimos que a reprodução do nosso texto dê-se na íntegra, a fim de se evitar interpretações equivocadas. O espelho deste estará no site do SIMEPE.

    O mestre Bezerra Coutinho dizia que “todo governo é um algoz com um chicote na mão açoitando as costas do povo”. Porém, cremos que possa haver governo progressista, avançado, com sensibilidade social e que saiba discutir, construir alternativas com o povo organizado.

    E a organização do povo se dá pelas suas instituições, entidades, representações em espaços formais. Exemplo disso são as associações, sindicatos, organizações religiosas e outras. Esses são os movimentos sociais.

    Governo é governo, movimento social é movimento social. Podem trabalhar e construir alternativas juntos – se o governo quiser. Mas seus papéis são diferentes. Movimento Social tem que ter autonomia e independência.

    Movimentos sociais são o povo. Sua função é fiscalizar, propor, criticar, aplaudir ou manifestar-se contra o governante – dependendo de como este conduza as políticas públicas, se a favor ou contra os interesses do povo.

    No plano pessoal, às vezes é mais fácil ficar próximo ao poder. No plano coletivo, contudo, concessões feitas ao governante de plantão hoje podem significar prejuízos grandes amanhã.

    Há alguns espaços decisórios onde o administrador público vai exercitar sua política, mas uma coisa é inequívoca: todo governante é obrigado a cumprir a lei.

    Feito este preâmbulo, vão alguns comentários sobre a proposta de privatização para unidades públicas de saúde que o governo de Pernambuco vende como “novo modelo (e transferência) de gestão da Saúde através de OS’s”.

    As alternativas de gestão pública que dessem credibilidade e eficiência ao serviço público de Saúde foram rejeitadas pelo Governo. Inclusive a do Conselho Nacional de Saúde, com a autonomia administrativo financeira das próprias unidades de saúde e aí sim seria um novo modelo de gestão – sequer foram levadas em consideração pelo Governo de Pernambuco.

    A opção pela privatização através de OS’s é um equívoco, e a nosso ver, ilegal. Onde existem experiências desse tipo, sempre questionadas na Justiça com inegável prejuízo aos usuários? Em estados “ricos” (com muita concentração de renda) como São Paulo e Minas Gerais, onde a classe média é importante, pode pagar plano de saúde e está fora do SUS – assim, a população pobre tem voz diminuída para pleitear uma melhora do sistema. Minas Gerais recentemente investiu em Saúde quase a metade da previsão constitucional. Isto é exemplo?

    São Paulo, Minas Gerais e a Bahia são os estados onde o SUS é pior estruturado. Onde nos últimos 15-20 anos o serviço público sofreu repetidos ataques para desacreditá-lo. Onde a população tem dificuldade em fazer valer seus direito. De lá, só poderíamos dizer que são anti-modelos.

    Em Pernambuco, a proposta privatizante através de OS’s encontrou resistência no corpo dos movimentos sociais. Posicionaram-se contrárias as diversas entidades dos trabalhadores e dos usuários do Conselho Estadual de Saúde – portanto o controle social do SUS no estado. Também as Centrais Sindicais em Pernambuco. Ou seja, o povo disse “não”.

    Essa manifestação popular foi levada aos Ministérios Públicos, tanto na esfera estadual quanto na federal. Resultado: duas ações civis públicas impetradas na Justiça Estadual por duas promotoras de Justiça, e na Justiça Federal por dois Procuradores Federais, prezando pela defesa da ordem pública e dos interesses sociais. A partir daí, nos parece bem caracterizada a ilegalidade da proposta privatizante de Organizações “Sociais”.

    A primeira Ação Civil Pública (estadual) foi acatada e deferida liminar suspendendo o edital de Seleção das OS’s. Sem sombra de dúvida, a consagração do sentimento popular e da legalidade!

    Porém, a presidência interina do TJPE teve outro entendimento, e cassou a liminar. Acontece. A história, contudo, longe está do seu final. Falta o julgamento do mérito, as diversas provas de transparência do Governo e o seu respeito às leis. Além da apreciação no âmbito federal.

    As entidades médicas têm feito sua parte. O SIMEPE impetrou medida cautelar contra o edital de Seleção das OS’s no Tribunal de Contas do Estado, que negou a cautelar e optou por uma “auditoria especial que vise garantir o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal”. Também entrou na Justiça Estadual com Ação Civil Pública – que ainda não foi julgada

    Essa é uma luta de todos os movimentos sociais e dos guardiões da Lei.

    O Governador Miguel Arraes era totalmente contrário a qualquer tipo de privatização, com ou sem fins lucrativos. Aqueles que lhe eram mais próximos dizem que ele não admitia falar no assunto, quanto mais discutí-lo ou muito menos implementá-lo. Ao contrário, foi ele que acabou com privilégios e discriminação na rede de saúde pública de Pernambuco.

    Por ironia, o hospital público em construção que leva seu nome terá todo seu funcionamento comandado por uma organização privada – a quem caberá administrar o patrimônio público, voltando ao combatido apadrinhamento e burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal, além de ignorar o controle social. Um retrocesso nas conquistas sociais. Um trauma na Constituição Federal e nas leis do SUS.

    Repetimos: esta é uma luta de toda sociedade pernambucana.

    Recife. 11 de outubro de 2009.

    Sindicato dos Médicos de Pernambuco

    Publicado pelo Wordmobi

    Ditadura no Agreste de Pernambuco no Século XXI.

    Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora.
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    _______ FAX SINDICAL 196 _______
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    N° 196 – Ano IV – 15 de outubro 2009
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    BRASIL SÉCULO XXI
    DITADURA NO AGRESTE PERNAMBUCANO

    Caruaru, no Agreste de Pernambuco, viveu cenas compatíveis com acontecimentos recentes de Honduras, do Iraque, de Serra Leoa, Ruanda ou Haiti, ou de alguma outra terra sem lei, assolada por guerras e conflitos. A reação intransigente dos governantes locais contra o movimento dos médicos resultou em um verdadeiro estatuto de guerra civil. Bacharéis e policiais violentaram, esfolaram e esquartejaram isso que costumamos chamar de normalidade democrática ou estado democrático de direito. Provou-se que nossa Democracia e instituições ainda têm fragilidades impressionantes.

    A decretação da pena de trabalhos forçados contra médicos que, simplesmente, haviam pedido demissão de empregos ruins, mal remunerados e com condições precárias de trabalho, foi a senha para a barbárie.

    Teve falso médico, egresso de cadeia pública, colocado para atender à população de Caruaru. Sargento exercendo função privativa de médico. Penas de trabalhos forçados. Ocorreram ameaças de toda natureza contra profissionais decentes, como se os bacharéis concursados do Forum de Caruaru tivessem se transformado em traficantes celerados e cheios de excessos de poderes. Houve ameaças contra oficiais da PM que vacilaram inicialmente em cumprir ordens absurdas. Tudo feito à luz do dia, na ausência de estado de calamidade pública ou de emergência. Como se uma meia dúzia pudesse implantar uma ditadura em uma cidade brasileira em pleno século XXI.

    E para culminar a ação terrorista ocorrida em Caruaru, tiveram a coragem de agir deliberadamente contra a organização do trabalho, proibindo o acesso de sindicalistas às dependências do SAMU.

    Abaixo transcrevemos o relato da Diretoria do SIMEPE, Sindicato dos Médicos de Pernambuco, sobre as tropelias de todo gênero praticadas no interior do Brasil, para que todos repercutam, divulguem, discutam, cobrem e dêem a melhor dimensão possível a esse reino de terror que não pode ficar impune.

    Eis o relato:

    15 Oct 2009 08:01:49 PERNAMBUCO URGENTE

    FIM DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO?

    CARUARU – ENCRUZILHADA DA SAÚDE E DA DEMOCRACIA.

    APÓS QUATRO MESES DE TENTATIVAS DE NEGOCIAÇÃO E PARALISAÇÕES PONTUAIS, OS MÉDICOS DA REDE MUNICIPAL DECIDIRAM DEMITIR-SE. AVISARAM COM ANTECEDÊNCIA, CUMPRIRAM 30 DIAS DE AVISO PRÉVIO.

    O PROMOTOR DA ÁREA AGIU CONTRA OS MÉDICOS, SOLICITOU E O JUIZ OS OBRIGOU, MESMO DEMITIDOS, A VOLTAREM AO TRABALHO CONTRA VONTADE!

    QUANTO À PREFEITURA, NENHUMA OBRIGAÇÃO, NENHUM PRAZO, NENHUMA PENALIDADE! NA AUDIÊNCIA PÚBLICA DE 07.10.09, HOUVE ATÉ AMEAÇA À INTEGRIDADE FÍSICA DOS COLEGAS! MILITARIZAÇÃO E ABUSO DE PODER.

    O SAMU DO AGRESTE FOI OCUPADO INICIALMENTE POR MILITARES DO CORPO DE BOMBEIROS – INCLUSIVE UM SARGENTO NÃO MÉDICO ATUANDO COMO MÉDICO REGULADOR – E DEPOIS POR OFICIAIS MÉDICOS DA PMPE, QUE PARA LÁ SE DIRIGEM CONTRA A PRÓPRIA VONTADE, ÀS CUSTAS DO SACRIFÍCIO DOS USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE DA PM; POR ORDEM VERBAL, SEM O ESTEIO JUSTIFICÁVEL DE CASOS EXTREMOS TAIS COMO CALAMIDADE PÚBLICA OU EMERGÊNCIA. SEQUER A PUBLICAÇÃO EM BOLETIM INTERNO DA CORPORAÇÃO!

    DOIS OFICIAIS SUPERIORES DA PM FORAM AMEAÇADOS DE PUNIÇÃO POR SE RECUSAREM A CUMPRIR ORDEM ABSURDA.

    EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA

    NO DIA 06.10.09 À NOITE, REPRESENTANTES DO SIMEPE TIVERAM O ACESSO NEGADO ÀS DEPENDÊNCIAS DO SAMU, SEGUNDO FUNCIONÁRIOS POR DETERMINAÇÃO DA SECRETÁRIA DE SAÚDE E DE UM MAJOR FARMACÊUTICO SEU ASSESSOR, QUE ESTARIA À DISPOSIÇÃO DO MUNICÍPIO. NO DIA SEGUINTE, CONSTATA-SE QUE O MÉDICO CIVIL (PLANTONISTA JUNTO COM O OFICIAL MÉDICO DA PM) ESTAVA USANDO O CRM DE UM OUTRO MÉDICO REGULAR E SERIA FALSO MÉDICO, RECÉM LIBERTO, DO PRESÍDIO ANÍBAL BRUNO PELA MESMA PRÁTICA CRIMINOSA!

    O MAIS IMPRESSIONANTE NISSO TUDO É O ABSOLUTO SILÊNCIO DAS INSTITUIÇÕES E DAS PESSOAS.

    RECIFE, 09 DE OUTUBRO DE 2009

    A DIRETORIA

    Publicado pelo Wordmobi

    Fax Sindical 184

    Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora ===================================== ________ FAX SINDICAL 184 __________ ===================================== Número 184 Ano IV 28 de agosto de 2009 https://faxsindical.wordpress.com No Twitter – http://twitter.com/faxsindical AVISOS SINDICAIS – Servidores públicos municipais só perdem direito a férias prêmio se tiverem 25 faltas injustificadas em um ano. /// O Ministério Público do Trabalho tentará mediar a crise entre o Sindicato dos Médicos e a AMAC – o Sindicato denuncia a repressão ao movimento e que a AMAC seguiu a orientação repressiva da Prefeitura, caracterizando subordinação. /// Médicos vão receber mala direta sobre o pagamento da Perícia da ação dos vinte e cinco por cento – perdas salariais infringidas pela Prefeitura de Juiz de Fora contra os médicos do serviço público municipal. /// Aguarda-se para os próximos dias a nomeação da nova secretária municipal de saúde e das comissões que vão tratar do plano de carreira dos médicos e das condições de atendimento. – A discussão sobre o PCCS dos médicos da Prefeitura será uma discussão particularizada e própria, resultando em um plano específico para a categoria, conforme os termos da contraproposta que o Sindicato entregou à Prefeitura e a administração atual aceitou em declaração escrita e oficialmente assinada pelo Secretário de Administração e Recursos Humanos. Juiz de Fora: HPS DE JUIZ DE FORA MAIS UMA VEZ EM EVIDÊNCIA. FALTA DE PLANTONISTAS VOLTA À PAUTA – DESSA VEZ NA CÂMARA MUNICIPAL. Recentemente houve grande repercussão pública pela situação dos presos no HPS. O número excessivo de apenados aguardando perícia judicial ou cumprindo medida de segurança que permaneciam algemados nos leitos e ocupando vagas chamou atenção até da imprensa nacional. O assunto ganhou destaque em programa de televisão de audiência nacional. Agora, as escalas incompletas de plantão alimentaram os debates na Câmara Municipal de Juiz de Fora. A Comissão de Saúde puxou a discussão sobre esse assunto grave. O questionamento não é recente. Em novembro de 2006 o Diretor Clínico dirigiu correspondência ao Ministério Público Estadual denunciando a situação. Esse ano os cirurgiões do Hospital já fizeram um movimento, que foi repreendido pelo Subsecretário de Urgência e Emergência. A carência de recursos humanos no Hospital só está se agravando. Embora haja concurso público realizado e profissionais aguardando nomeação, a administração do Prefeito Custódio de Matos tem insistido em fazer contratos precários. Profissionais concursados e aprovados chegaram a ser convidados para aceitar contratos precários. Essa situação tem causado revolta na classe médica. Nos últimos meses, depois da posse do atual prefeito, o problema só está piorando. A Câmara tomou conhecimento da situação e exige providências. Os vereadores José Fiorillo e Wanderson Castelar fizeram pronunciamentos da tribuna da casa, denunciando a gravidade da situação e exigindo que a administração de Custódio de Matos (PSDB) tome providências sobre o assunto. Essa crise ocorre em momento de tensão trabalhista entre a classe médica e a administração de Custódio de Matos (PSDB), originada pela medida repressiva da Prefeitura em cortar salários de médicos que aderiram à greve justa pela melhoria das condições de atendimento e pela valorização profissional dos médicos. A Prefeitura de Juiz de Fora paga um péssimo salário – R$ 1.277,88. As condições de trabalho, como se pode ver no HPS, estão se deteriorando progressivamente. As Comissões, acertadas entre o Sindicato e a Prefeitura, para discutir um plano de carreira para os médicos e avaliar as condições de atendimento ainda não foram convocadas. Isso agrava a tensão. Para piorar, a Secretaria de Saúde encontra-se acéfala. A atual secretária está demissionária e a profissional indicada por Custódio de Matos não aparece para tomar posse. Nas discussões da Câmara Municipal essa acefalia foi lamentada até pelos vereadores que apoiam o Prefeito. Sobre a situação das escalas incompletas de plantão no HPS, os vereadores da Comissão de Saúde serão levados pelo Pastor Carlos Bonifácio, líder do Governo de Custódio de Matos, para uma conversa no gabinete do Prefeito. Custódio irá lidar com o descontentamento desses vereadores. O Pastor Carlos Bonifácio, da Igreja Universal do Reino de Deus, foi um dos apoiadores do ex-prefeito Alberto Bejani, cuja administração afundou no maior mar de lama da história política de Juiz de Fora. O Sindicato está atento à situação do HPS e à deterioração geral das condições de atendimento no SUS de Juiz de Fora e aguarda as providências. Não descarta recorrer novamente ao Ministério Público Estadual, à auditoria do Ministério da Saúde, ao Conselho Regional de Medicina e a outras instâncias para exigir providências. O HPS de Juiz de Fora parece um território sem lei, esquecido das autoridades, longe dos olhos do poder e absolutamente afetado por todo tipo de mazela que afeta o SUS em Minas Gerais e em Juiz de Fora. Pernambuco: PROSSEGUE O MOVIMENTO MÉDICO NO BRASIL: GREVE DOS MÉDICOS EM PERNAMBUCO. O Sindicato dos Médicos de Pernambuco distribuiu comunicação, por fax, avisando sobre o movimento dos médicos no município de Caruaru. A sua pauta ecoa a de outros lugares do Brasil – melhores condições para atender à população necessitada e valorização profissional. Em Pernambuco, o piso salarial dos médicos do Estado e das Prefeitura de Recife e Petrolina é de R$ 3.060,00 (três mil e sessenta reais). Os médicos d
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