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Telegrama Sindical: #CRISEnoSUS – São José dos Campos perde clínica oftalmológica que atendia SUS

Nível secundário de atenção, onde atuam os médicos especialistas é o mais vulnerável. Serviço público é cada vez mais inapto para atrair e fixar profissionais da Medicina. Usuários sofrem com a deficiência que se expande. Gestores sempre dizem que o problema “não é bem assim”, não enxergando o quanto ele piora a cada ano. Aqui, o registro de mais um retrato da crise que se alarga no SUS. Desta vez em São José dos Campos.

Fonte: Próvisão deixa de atender especialidades pelo SUS – Meon – Notícias da Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte

Fonte: Telegrama Sindical: #CRISEnoSUS – São José dos Campos perde clínica oftalmológica que atendia SUS

Planos de carreira e salário digno são fundamentais para outra médicos brasileiros

Não é nova a elaboração de uma proposta de plano de cargos, carreira e salário para os médicos do setor público e do setor privado. Essa proposta deve orientar a luta dos médicos, ao lado da causa do piso salarial nacional. A sua consideração é importante para evitar a dispersão de forças da categoria, a pulverização de reivindicações necessárias, mas desordenadas, e o enfraquecimento da capacidade de mobilização, reivindicação e luta da classe médica.
Veja o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=I7rz7gdYDVE&feature=youtube_gdata_player
Caso não funcione, selecione, copie e cole no seu navegador de InternetFenam já apresentou proposta de plano de carreira para médicos

População de Juiz de Fora protesta contra desassistência no SUS

FAX SINDICAL 906

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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de MG. 26 de abril de 2012

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Médicos municipais e municipalizados da Prefeitura de Juiz de Fora – Estamos na nossa campanha 2012, unidos pela nossa pauta de reivindicações. A união faz a força. Só podemos contar com a força de nossa união. Sem luta não há vitória. Combateremos o bom combate.

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Sindicato dos Médicos aguarda negociação séria com Prefeitura de Juiz de Fora enquanto população protesta contra desassistência no SUS

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Não é a primeira e nem será a última manifestação popular de usuários do sistemma público de saúde, em protesto contra a falta de médicos, medicamentos, insumos e materiais. A má gestão do SUS em Juiz de Fora está causando uma desassistência crônica e de difícil reversão. Além da crise de abastecimento a desassistência é agravada pela precarização de mão de obra, que causa, entre outros problemas, contratação precária de profissionais inexperientes e alta rotatividade de mão de obra.

Mais uma vez a imprensa local constatou o mal estar da população desassistida diante da cronificação da dessassistência. A matéria está publicada em http://www.tribunademinas.com.br/protesto-contra-falta-de-medicos-na-uaps-do-joquei-clube-ii-1.1079959

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Com cartazes e abaixo-assinado,
moradores do Bairro Jóquei Clube
II, Zona Norte, fizeram um protesto
na manhã desta quarta-feira (25)
por causa da falta de médicos na
Unidade de Atenção Primária à
Saúde (Uaps) destinada à
comunidade local. Eles alegam que
há apenas três profissionais atuando
e faltam dois, que seriam
responsáveis pelo atendimento aos
moradores dos Bairros Parque das
Torres e Santa Maria. Um cartaz na
entrada da Uaps confirma a falta de
médicos para as regiões. “Nós
sofremos discriminação. Falam que
a gente tem que procurar o médico
da nossa área ou a gerente da
unidade. Só quem não tem
profissional para nossa região e a
gerente está sendo dispensada da
Uaps. Estamos abandonados”,
reclamou a atendente Rosimeire da
Silva.
De acordo com informações da
presidente do conselho local de
saúde, Maria Bernadete Oliveira,
existe um médico designado para
cada região. Segundo ela, na Uaps
do bairro, as áreas que estão sem
médico para atendimento são as
mais carentes e a que têm mais
usuários. “A pequena quantidade de
médicos ainda acaba
sobrecarregando os demais que
estão trabalhando. Eu procurei o
Conselho Municipal de Saúde e
informaram que não tinha como
resolver essa situação. ”
Durante o protesto, a diarista
Luciana Macena procurou a unidade
para atendimento à filha, de 2 anos,
que tem bronquite crônica. Segundo
a mãe, a criança estava em crise,
mas não havia médico para socorrer
a menina. “Falaram para eu ir para
a policlínica de Benfica. E não é a
primeira vez que isso acontece”,
disse. Os moradores alegam que
esse encaminhamento para a
Policlínica de Benfica é rotineiro.
Entretanto, como a comunidade é
carente, muitas pessoas ficam sem
atendimento por não terem como
pagar a passagem de ônibus. “Até a
gerente do posto já pagou passagem
para mim. E lá na policlínica falam
que a gente tem que ser atendida
na unidade do bairro. Mas não tem
médico aqui”, contou a dona de
casa Maria da Conceição da Silva.
Além da falta de médicos, a
comunidade reclama da escassez de
medicamentos; de materiais para
atendimento, como curativos, e
ainda de equipamentos deteriorados,
como macas enferrujadas. Outra
reivindicação é em relação ao atendimento de agentes de saúde no Bairro Parque das Torres. Os moradores vão encaminhar o abaixo-assinado com as reivindicações para a Secretaria Municipal de Saúde e para a Ouvidoria de Saúde.

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Assembleia de Minas começa a constatar deficiência no atendimento a dependentes químicos em Minas

Comissão da Assembléia Legislativa de Minas começa a constatar as deficiências das instituições e serviços de saúde no enfrentamento da assistência à saúde dos dependentes químicos. Leia a matéria abaixo, da assessoria de comunicação da ALEMG

http://www.almg.gov.br/acompanhe/noticias/arquivos/2012/04/12_visita_comissao_crack_CMT.html

A Comissão Especial do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais iniciou, nesta quinta-feira (12/4/12), uma série de visitas por instituições do Estado que atuam no tratamento a usuários de drogas. O primeiro local visitado foi o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. Ao final dos trabalhos da comissão, previsto para o dia 27/5/12, os deputados vão produzir um documento com sugestões para a elaboração de políticas públicas de prevenção e combate às drogas. No CMT, a diretora da instituição, Raquel Pinheiro, relatou aos parlamentares os principais pontos críticos enfrentados atualmente: falta de pessoal, infraestrutura inadequada e dificuldades de custeio. Segundo ela, atualmente há 51 funcionários, mas são necessários pelo menos mais dez, entre médicos, psicólogos e outros profissionais especializados para atender à média de 180 pessoas que lá chegam por mês em busca de atendimento.

A entidade é mantida pela Fundação
Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), que
repassa a maior parte dos R$ 170 mil mensais gastos pelo CMT para manter suas atividades. O Ministério da Saúde contribui com R$ 22 mil por mês. Mas a demanda por atendimento cresce a cada ano. Em 2010, foram 922 usuários de álcool e outras drogas em busca de atendimento. No ano passado, o número passou para 1.217. Em 2012, até o dia 11/4, buscaram ajuda 308 dependentes. Segundo Raquel, a grande maioria dos usuários atendidos é viciada em crack (42%) ou em álcool (40%).

Relatório – O deputado Célio Moreira (PSDB), relator da comissão, conversou com dependentes químicos e ouviu elogios à equipe de profissionais, mas ficou decepcionado com a estrutura física do CMT. Ele afirmou que a comissão já tem diversas visitas e audiências públicas agendadas pelo interior de Minas e que todas as informações repassadas pelas
instituições serão úteis para a elaboração do relatório.

Na opinião do vice-presidente da comissão,
deputado Vanderlei Miranda (PMDB), o
objetivo da Assembleia com esse trabalho é
ajudar a minimizar o sofrimento dos
dependentes de drogas e de seus familiares.
“Há o compromisso do presidente da Casa,
deputado Dinis Pinheiro (PSDB), em
transformar essa comissão especial em
permanente”, anunciou. Segundo Miranda, o crack invadiu de forma avassaladora todas as classes sociais e já tomou proporções de uma pandemia.

Além de trazer propostas para o Poder
Executivo, o relatório a ser produzido pela
Comissão Especial de Enfrentamento ao Crack deverá trazer relatos sobre as atividades de cada instituição, o que será útil para a troca de experiências entre elas, contribuindo assim para a melhoria do serviço prestado. A comissão deverá ainda produzir uma cartilha, a ser distribuídas nas escolas, contendo informações e orientações para se prevenir o uso de drogas, em especial o crack.

Em Portugal, política pública neoliberal leva sistema de saúde à bancarrota

A notícia pode ser vista no site da RTP
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=541629&tm=2&layout=123&visual=61

Sindicatos médicos, associações de deficientes e portadores de doenças crônicas, associações de usuários do sistema público de saúde, sindicatos de funcionários públicos e de profissionais da saúde, todos se mobilizam para um grande manifesto de protesto.

Ganha força o protesto marcado para sábado a oito dias, dia de ação de luta nacional convocada pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos que acusa o governo de estar a destruir o SNS.Esta tarde, em Braga, médicos, enfermeiros, sindicatos da função pública e associações de deficientes anunciaram que vão juntar-se ao protesto.

SINDICATO EXPRESSSO: SUS EM CRISE NO SERGIPE – MÉDICOS EM LUTA CONTRA MÁS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO

Infonet – Saúde – Médicos brigam em função de deficiência do Samu

Médicos brigam em função de deficiência do Samu
Diretor do Huse diz que brigas entre médicos são frequentes

 

Médicos do Huse entram em conflito com profissionais do Samu (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

No final de semana, a Delegacia Plantonista recebeu mais uma reclamação de servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) envolvendo desavenças e brigas entre médicos que atendem no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e profissionais do serviço 192, leia-se Samu. De acordo com denúncia feita por uma auxiliar de enfermagem, toda a desavença aconteceu devido à atitude de uma médica que estava de plantão no Huse, que teria se recusado a prestar atendimento a uma paciente, que fora transportada àquela unidade de saúde por uma ambulância do Samu.

A auxiliar de enfermagem garante que um outro médico que estava no plantão teria percebido a desavença entre os servidores do Samu e a médica plantonista e decidiu intervir prestando atendimento à paciente. A médica, por sua vez, reagiu, segundo informações da auxiliar de enfermagem prestadas à Polícia, e tomou o rádio da auxiliar, para travar uma briga – via rádio – com um outro médico que presta serviços ao Samu.

O coordenador geral do Pronto Socorro do Huse, Luís Eduardo Prado Correia, diz que as desavenças e brigas entre os profissionais tornaram-se “conduta constante” devido às deficiências do Samu. “Falta ao Samu fazer a regulação”, diz. “Antes de encaminhar o paciente ao hospital, o Samu tem que comunicar à equipe que está de plantão no hospital e falar sobre o caso. Mas o pessoal do Samu acha mais fácil trazer de qualquer jeito. O Huse, de complexo atendimento, está atendendo a procedimento da rede básica, justamente porque não há regulação”, exemplifica o coordenador do PS.

Entre os servidores do Samu, a sensação é que o problema é gerado por falta de gestão. “O que a gestão tem feito é colocar um profissional contra o outro”, lamenta o diretor do Sindicato 192 dos Servidores do Samu, Arnaldo Júnior. “Falta respeito por parte dos gestores”, diz.

Quanto ao caso concreto, Arnaldo Júnior informa que o Sindicato 192 ainda não recebeu informações detalhadas, mas que adotará medidas para fazer um levantamento minucioso sobre a ocorrência para posterior adoção de medidas.
Procurada pelo Portal Infonet, a Secretaria Municipal de Saúde se manifestou por meio de nota encaminhada pela Assessoria de Comunicação. Na nota, a assessoria informa que, ao contrário do que pregou o coordenador do Pronto Socorro do Huse, o coordenador clínico da Secretaria Municipal de Saúde, Wesley Santiago, garante que a situação da paciente em questão era grave, excedendo a complexidade das unidades de pronto atendimento de Aracaju. “Ou seja – explica a nota – os exames e a atenção especializada que o caso necessitava eram de alta complexidade, enquanto a rede municipal trabalha com casos de baixa e média complexidade”.

O coordenador clínico da Secretaria Municipal de Saúde informa ainda que, como o Huse é “um serviço porta aberta e de referência para este tipo de caso, a paciente foi encaminhada para aquele hospital”.

CRM

O coordenador geral do Pronto Socorro do Huse, Luís Eduardo Prado Correia, informou que já encaminhou denúncia ao Conselho Regional de Medicina sobre as ocorrências envolvendo brigas entre os profissionais do Samu e os plantonistas do Huse, solicitando a intervenção da entidade. Ele informou que até o momento não recebeu respostas do CRM.

O Portal Infonet tentou ouvir representantes do Conselho Regional de Medicina, mas não obteve êxito. O presidente, Júlio Seabra, não atendeu a ligação nem também retornou o contato com o Portal.

O Portal Infonet permanece à disposição para os devidos esclarecimentos do CRM.

Por Cássia Santana

JUIZ DE FORA – FALTA DE DEMOCRACIA APROFUNDA CRISE NO SUS

FAX SINDICAL 934 – 24 DE AGOSTO DE 2011

De: Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata.

Assunto: Ditadura no SUS de Juiz de Fora – Opressão da lei ou legalismo covarde? Assembléia discutirá gratificações e adicionais propostos para urgência e emergência e ESF. Ordem de serviço em análise no jurídico do Sindicato.

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ATENÇÃO MÉDICOS MUNICIPAIS E MUNICIPALIZADOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA! BOICOTE A BIOMETRIA. SEM ACORDO NÃO TEM BIOMETRIA.

BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!BOICOTE A BIOMETRIA!

PRÓXIMA ASSEMBLÉIA 30 DE AGOSTO, 19 HORAS E TRINTA MINUTOS, NA SOCIEDADE DE MEDICINA.
ORDEM DO DIA: BOICOTE À BIOMETRIA – ADICIONAL DE RESULTADOS PARA ESF – GRATIFICAÇÕES PROPOSTAS PARA PLANTONISTAS.

Divulgue e mobilize! A posição da diretoria do Sindicato sobre esses assuntos será conforme a decisão majoritária da Assembléia. Compareça. Assembléia cheia significa mais força para os médicos da Prefeitura.

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SOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA – PREFEITURA IMPÒE A DITADURA NO SUS.

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PREFEITURA DE JUIZ DE FORA NÃO NEGOCIA E IMPÕE UNILATERALMENTE POLÍTICAS INSATISFATÓRIAS DE GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS.

O salário do médico da Prefeitura de Juiz de Fora é inferior ao piso fixado na Lei Federal 3999/1961 (três salários mínimos) e 25 % inferior ao nível superior da Prefeitura. Cresce o número de demissionários e candidatos à demissão. Prefeitura aposta em alta rotatividade de mão de obra médica.

A administração do Prefeito Custódio Mattos imprimiu às suas relações com a classe médica um cunho verdadeiramente antidemocrático. Desdenhando da representação classista, o Sindicato dos Médicos, impõe de modo vertical e autoritário seus projetos, encaminhando-os ao Poder Legislativo.

É bom deixar claro que não existe acordo entre a Prefeitura e o Sindicato dos Médicos em Juiz de Fora. É bom lembrar que o acordo assinado pelo Secretário Vitor Valverde em 2009, para encerrar a greve dos médicos que houve naquele ano, nunca foi cumprido. Previa comissões para reestruturar a carreira de médico e melhorar as condições de atendimento à população. Também não podemos esquecer que a greve dos médicos desse ano foi interrompida, não por acordo, mas em virtude de decisão do TJMG, o Tribunal de Justiça mineiro, acatando a pedido do promotor Rodrigo Ferreira de Barros. O promotor alegou que a greve causava desassistência à população. Baseou sua convicção a uma visita que fez ao HPS no dia 13 de maio. Se voltasse lá depois, comprovaria o equívoco que cometeu. Hoje o HPS está pior do que estava naqueles dias de greve. Os plantonistas de fim de semana já fizeram manifesto e registraram boletim de ocorrência denunciando as condições perigosas às quais estão expostos. Faltam plantonistas e a prefeitura não faz concursos públicos. Aposta na rotatividade de mão de obra barata, usada como carne de canhão em um sistema que enfrenta a pior crise de toda a sua história.

Agora Custódio Mattos, que sempre tem se recusado a receber uma delegação sindical dos médicos da Prefeitura, envia três mensagens à Câmara. Antes, reuniu-se com meia dúzia de médicos e apresentou suas idéias. Essas reuniões paralelas se deram sem a presença de representação sindical. Nessas reuniões não houve contraditório. O prefeito parece desconhecer que vivemos em um estado democrático de direito e que liberdade de expressão e contraditório fazem parte da tratativa de questões públicas.

Uma das mensagens é a de número 3927 e altera dispositivos da Lei 11.945 de janeiro de 2010. Nessa data o prefeito sancionou a lei que criou a classe de médico de família.

O Artigo quarto do projeto de Custódio Mattos aniquila a exigência de formação acadêmica específica em Saúde de Família e Comunidade. Bastará ao candidato ter diploma de médico e registro no CRM. Nem experiência prévia e comprovada é exigida. Em resumo, qualquer recém formado inexperiente poderá ocupar o cargo. Para formar o VENCIMENTO BÁSICO de 7.500 reais, sobre os quais incidirão descontos tributários e previdenciários, o prefeito cria um adicional de resultados, no valor de 2.641,79. Que resultados? Como serão aferidos esses resultados? Se licenciado ou aposentado o profissional fará jus a esse adiconal? O Artigo segundo do projeto do prefeito deixa claro que a concessão desse adicional de resultados dependerá de um decreto regulamentador que deverá ser aprovado no máximo em 60 (sessenta) dias. Ora, todos nós sabemos que é muito fácil para a Prefeitura não cumprir esses prazos. Caso contrário, já teria sido realizado nessa cidade concurso público para médicos de família, conforme está explícito na Lei 11.945.

Para a urgência e emergência, Custódio de Mattos mandou distribuir um panfleto com minutas de mensagens e dois projetos de lei. Esquecendo-se dos descontos do Imposto de Renda e previdência, o panfleto oficialista diz que a remuneração do plantonista ultrapassará o valor de 5 mil reais.

Os dois projetos estabelecem que o piso dos plantonistas passa a ter um aumento de 370,00 e estabelece um valor de 650,00 reais que será a antecipação de um futuro adicional de produtividade. Isso nada mais será do que um pagamento pro labore disfarçado, destinando ao médico de atender um percentual qualquer do valor do atendimento. A subsecretaria de Regulação deverá apurar os valores. Essa gratificação se chamará IPP. O Artigo quinto da proposta deixa claro que o tal IPP não será base para pagamento ou cálculo de qualquer outro adicional ou gratificação.

Por fim, cria um adicional de 500 reais a serem pagos ao plantonista que fizer 4 plantões nos finais de semana durante um mês.

Comentários ouvidos de plantonistas que leram os panfletos e as minutas distribuídos pela prefeitura dão conta que a categoria quer saber de uma valorização verdadeira e consistente e não de malabarismos e remendos, como é o caminho adotado por Custódio Mattos.

Nunca o SUS esteve em situação tão difícil.

Em outra frente o jurídico do Sindicato estuda a ordem de serviço 004/2011-DIRGER/DHMUE/SUE/SS, datada de 08 de agosto. Nela fica estabelecida a cobertura 24 horas por dia, 7 dias por semana, da escala de sobreaviso, independente do número de plantonistas. Ela se fundamenta na ata de reunião ICP 0145.09.000441-0, de 5 de agosto de 2011. O documento é assinado pelo já conhecido promotor Rodrigo Faria de Barros, por gestores da saúde e pela assessora jurídica da Secretaria de Saúde. A que “mesmo que um único médico, este se tornará responsável pelo atendimento de todos chamados emergências da especialidade”. Ou seja, se fosse lei, essa imposição equivaleria a dizer que uma pessoa ficará de sobreaviso durante 24 horas, sete dias por semana, durante 365 dias por ano. O Sr. Promotor, fiscal da Lei, está a ponto de abolir a lei Áurea, o descanso semanal remunerado, o direito de férias e a obrigatoriedade de intervalo nas escalas de sobreaviso. Pior, com isso expõe o médico ao esgotamento e à doença profissional e o paciente ao erro médico e à iatrogenia.

Parece que a irresponsabilidade e a insânia sustentam uma espécie de ditadura, legalismo covarde ou opressão pela lei no SUS de Juiz de Fora. Não existem negociações. Tudo se impõe pela ameaça da coerção e do aparelho repressivo do estado. Os movimentos reivindicatórios são perseguidos pela decretação de sua ilegalidade e o prefeito faz o que quer desconhecendo a mediação social do sindicato. Enfim, parece que vivemos em uma republiqueta do Parahybuna.

Essas questões impõe a moralidade do protesto e a obrigação de resistir. A luta dos médicos continua e sua próxima assembléia será realizada no dia 30 de agosto às 19 horas e 30 minutos na Sociedade de Medicina e Cirurgia. Esses projetos serão discutidos lá.

O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata roga aos senhores vereadores que não aprovem esses projetos antes da realização da assembléia dos médicos da Prefeitura. O Poder Legislativo tem que ser a cara da democracia nesses tempos duros para Juiz de Fora.

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